14 - Falla e Copland
Manuel de Falla
Aaron Copland
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A data de 14 de Novembro evoca dois compositores que tiveram influência marcante na cultura dos seus países – dois grandes nomes da Música do séc. XX: Aaron Copland, nascido a 14.Nov.1900 e Manuel de Falla, falecido a 14.Nov.1946.
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Aaron Copland
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A data de 14 de Novembro evoca dois compositores que tiveram influência marcante na cultura dos seus países – dois grandes nomes da Música do séc. XX: Aaron Copland, nascido a 14.Nov.1900 e Manuel de Falla, falecido a 14.Nov.1946.
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Manuel de Falla
(1876-1946)
.MÚSICA (2min53)
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Manuel de Falla y Matheu nasceu em Cádis e viveu entre 1876 e 1946.
Foi o primeiro compositor espanhol a criar uma autêntica música culta partindo de elementos folclóricos e ligando-os às formas instrumentais mais refinadas. A sua grande inspiração foi o flamenco, em particular o cante jondo andaluz. A sua obra-prima, “O Amor Bruxo” (com o subtítulo ‘Cenas Ciganas da Andaluzia’) é uma ilustrativa demonstração desse seu interesse pela música de raiz popular.
Viria a deixar Espanha em 1936, quando eclodiu a Guerra Civil – não porque a sua atitude de neutralidade lhe causasse inquietação, mas principalmente depois de ver assassinado o escritor Frederico Garcia Lorca, de quem era amigo. Passou o resto da vida na Argentina e só após a morte os seus restos mortais foram trasladados para Cádis, em cuja catedral lhe foi destinado um túmulo.
A primeira grande obra de Manuel de Falla foi a ópera em um acto “La Vida Breve”. A par dela e de algumas zarzuelas que marcam o início da sua carreira, compôs música sinfónica e de câmara e música coral. Depois das célebres obras “O Amor Bruxo” e “O Chapéu de Três Bicos”, escreveu ainda aquela que ficou a ser a sua maior experiência na composição para piano e orquestra: “As Noites dos Jardins de Espanha”.
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.Foi o primeiro compositor espanhol a criar uma autêntica música culta partindo de elementos folclóricos e ligando-os às formas instrumentais mais refinadas. A sua grande inspiração foi o flamenco, em particular o cante jondo andaluz. A sua obra-prima, “O Amor Bruxo” (com o subtítulo ‘Cenas Ciganas da Andaluzia’) é uma ilustrativa demonstração desse seu interesse pela música de raiz popular.
Viria a deixar Espanha em 1936, quando eclodiu a Guerra Civil – não porque a sua atitude de neutralidade lhe causasse inquietação, mas principalmente depois de ver assassinado o escritor Frederico Garcia Lorca, de quem era amigo. Passou o resto da vida na Argentina e só após a morte os seus restos mortais foram trasladados para Cádis, em cuja catedral lhe foi destinado um túmulo.
A primeira grande obra de Manuel de Falla foi a ópera em um acto “La Vida Breve”. A par dela e de algumas zarzuelas que marcam o início da sua carreira, compôs música sinfónica e de câmara e música coral. Depois das célebres obras “O Amor Bruxo” e “O Chapéu de Três Bicos”, escreveu ainda aquela que ficou a ser a sua maior experiência na composição para piano e orquestra: “As Noites dos Jardins de Espanha”.
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Aaron Copland
(1900-1990)
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MÚSICA (2min33)
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No mesmo ano em que Manuel de Falla deixava Espanha por causa da Guerra Civil, um outro compositor estava a contas com o seu patriotismo, no outro lado do mundo: Aaron Copland, americano filho de emigrantes do leste europeu, cometeu “pecado” anti-americano de apoiar o Partido Comunista na eleição presidencial de 1936 – e isso havia de custar-lhe muito caro.
Copland, que nasceu em 1900 e veio a morrer em 1990, passou mais de metade da sua vida a ter de demonstrar a sua inocência política ao FBI e ao Congresso Americano. Como por ironia, foi o primeiro compositor a dedicar-se à música de raiz popular americana e a criar um estilo genuinamente americano. Tornou-se num dos mais importantes compositores do séc. XX.
Admirador de Stravinsky, que era em muitas facetas o seu modelo, Copland foi um homem diferente, e não só pela sua opção homossexual: a sua longa e produtiva vida evidenciou as suas qualidades de compositor, mas também de maestro, pianista, professor, promotor de concertos e generoso apoiante de outros músicos – como foi o caso do seu protegido Leonard Bernstein, o maestro que melhor o interpretou.
Copland, que nasceu em 1900 e veio a morrer em 1990, passou mais de metade da sua vida a ter de demonstrar a sua inocência política ao FBI e ao Congresso Americano. Como por ironia, foi o primeiro compositor a dedicar-se à música de raiz popular americana e a criar um estilo genuinamente americano. Tornou-se num dos mais importantes compositores do séc. XX.
Admirador de Stravinsky, que era em muitas facetas o seu modelo, Copland foi um homem diferente, e não só pela sua opção homossexual: a sua longa e produtiva vida evidenciou as suas qualidades de compositor, mas também de maestro, pianista, professor, promotor de concertos e generoso apoiante de outros músicos – como foi o caso do seu protegido Leonard Bernstein, o maestro que melhor o interpretou.
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