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27 - Nicolò Paganini

Maio/27

aniversário da morte de
Niccolò Paganini
(1782-1840)

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Homenagem ao importante compositor do séc. XIX que foi o maior génio do violino
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Niccolò Paganini nasceu em Génova, na Itália, no dia 27 de Outubro 1782.
Filho de Antonio Paganini, um modesto trabalhador portuário e razoável violinsta, Niccolò começou a aprender violino com o pai, aos 5 anos. Era forçado a praticar durante dias inteiros e, no caso de faltar, a pena era a privação de alimentação. Não tardou muito até que o pequeno suplantasse o seu mestre e passasse a ter aulas com um professor particular. Aos 10 anos estreou-se em público, sem grande alarido e, aos 13, foi levado para Parma, para estudar com o reputado Alessandro Rolla. Este, apercebendo-se da mestria do rapaz, depressa o libertou, sob o pretexto de que nada tinha para acrescentar ao que ele já sabia.
Entre 1801 e 1809, fixou-se em Lucca, localidade onde tocou, aprendeu, compôs e dirigiu. A partir de 1809 e até 1827, viajou um pouco por toda a península italiana, cativando audiências com o seu virtuosismo incomparável.
Aos 45 anos, começou a dar concertos no estrangeiro. O seu progresso no resto da Europa foi triunfal, conquistando públicos e, especialmente, os músicos mais célebres, que confundia e deliciava com as suas actuações. Em Viena, por exemplo, os admiradores de Paganini, chegavam a ocupar os seus lugares nas salas duas horas antes da actuação, para não perderem a vez.
A estreia de Paganini em Paris, em 1831, foi assistida por várias personalidades culturais como Rossini, Donizetti, Liszt, etc.. Um crítico do Times escreveu sobre ele: "podem não acreditar em metade do que eu escrever, e eu não estou a contar-vos metade do que deve ser dito". Espalharam-se alguns rumores sobre o talento infalível de Paganini. Dizia-se que tinha aprendido a tocar na cadeia, depois de matar outro amante de uma das suas amantes ou, então, que o violinista tinha feito uma misteriosa aliança com o Diabo.
Como era um pessoa extremamente caridosa e generosa, acabou por viver na miséria, mesmo nos anos de maior sucesso. Aos 50 anos, a sua fortuna tinha desaparecido e a sua saúde começava a deteriorar-se. Mudou-se para Parma, onde dirigiu a orquestra da Grã-Duquesa Marie Louise, investindo ruinosamente o dinheiro entretanto ganho numa casa de jogo parisiense. Morreu em Nice, depois de recusar os sacramentos da igreja, no dia 27 de Maio de 1840.
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26 - Teresa Stratas

Maio/26

aniversário do nascimento de
Teresa Stratas
(1938)

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Cantora de ópera canadiana, de origem grega
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Anastasia Stratakis nasceu no dia 26 de Maior de 1938, em Toronto, no Canadá. Os seus pais eram emigrantes gregos e, aos 13 anos, Teresa Stratas, nome pelo qual ficou conhecida, já cantava na rádio canções populares gregas. Mais tarde, licenciou-se pelo Conservatório Real de Música de Toronto. Foi também em Toronto, no Festival de Ópera, que, com vinte anos, se estreou, no papel de Mimi, da ópera La Bohème, de Puccini. Um ano depois, em 1959, teve uma audição no Metropolitan Opera de Nova Iorque, cujo elenco integrou mais tarde, nesse mesmo ano. Durante os trinta e seis anos de carreira no Metropolitan, actuou 385 vezes, interpretando 41 papés diferentes.
Em 1961 Teresa Stratas estreou-se no Covent Garden e em 62, no La Scala, de Milão. Actuou nos palcos de ópera mais importantes do mundo e também foi actriz em várias adaptações de óperas para filme. Na década de 80 foi para Calcutá, onde trabalhou com a Madre Teresa e, nos anos 90, foi para um hospital da Roménia para tomar conta de órfãos doentes, regressando a Nova Iorque no dia 25 de Setembro de 2008. Vive, actualmente, na Florida.

25 - Beverly Sills

Maio/25

aniversário do nascimento de
Beverly Sills
(1929-2007)

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O soprano que o New York Times considerou a cantora de ópera mais popular nos Estados Unidos desde Enrico Caruso
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Belle Miriam Silverman, de ascendência ucraniana e romena, nasceu no dia 25 de Maio, 1929, em Brooklyn, Nova Iorque. Aos quatro anos, cantou para um programa de rádio, com o nome de Bubbles Silverman. Consta que o seu apelido, "Bubbles" (que significa “bolhas”), se deve à sua personalidade efervescente e aos seus cabelos ruivos. Aos oito anos cantou num pequeno filme e foi então que adoptou o nome artístico de Beverly Sills. Teve a sua estreia profissional aos 16 anos numa companhia itinerante de operetas de Gilbert and Sullivan. Cantou operetas durante muitos anos, até que se estreou na ópera como Frasquita, da Carmen de Bizet, em Filadélfia. A partir daí viajou com a Companhia de Ópera de Charles Wagner por toda a América do Norte.
Em 1955 estreou-se na New York City Opera e, em 69, no Teatro alla Scala, de Milão, onde foi um êxito tão grande que apareceu na capa da revista Newsweek. Mas apesar da sua grande fama nos Estados Unidos, Beverly Sills só se estreou no prestigiado Metropolitan Opera, de Nova Iorque, em 1975, recebendo 18 minutos de aplausos sem interrupção.
Retirou-se dos palcos no dia 27 de Outubro de 1980, com uma gala de despedida na New York City Opera, passando a ser directora geral daquele teatro.
Foi presidente do Lincoln Center e do Metropolitan Opera.
A 28 de Junho de 2007, a Associated Press e a CNN noticiaram que Sills tinha sido hospitalizada, gravemente doente, devido a um cancro de pulmão. Faleceu 4 dias depois, a 2 de Julho de 2007, aos 78 anos, deixando um indiscutível legado para a ópera e as artes em geral.

24 - Duke Ellington

Maio/24

aniversário da morte de
Duke Ellington
(1899-1974)

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Um dos artistas musicais mais completos neste século, Edward Kennedy "Duke" Ellington foi um maestro invejável, um pianista fabuloso e compositor criativo de uma obra com mais de 3 mil músicas escritas.
O apelido de duque (Duke) deve-se à pose nobre e ao facto de aparecer sempre bem vestido. Apenas as olheiras enormes destoavam, resultado do hábito de dormir o mínimo necessário. Diz-se que tinha medo de que sonhar lhe retirasse algumas idéias para canções.
Gravou com os grandes nomes do jazz: Count Basie, Dizzy Gillespie, Tommy Dorsey, Joe Pass, Frank Sinatra, Louis Armstrong, Coleman Hawkins, Charles Mingus, Max Roach, John Coltrane, Jimmy Rushing, Mahalia Jackson, Charlie Barnet, Ella Fitzgerald, Alice Babs, Jimmy Jones, Les Spann, Ray Brown e Rosemary Clooney.
A sua formação foi a dos pianistas de ragtime, cuja influência é clara na sua primeira composição, "Soda Fountain Rag", de 1914. Formou o seu primeiro conjunto em 1922, um quinteto com o baterista Sonny Greer e o saxofonista Otto Hardwicke. Mas eram tempos difíceis. Na sua biografia "Music is My Mistress" (A Música é Minha Amante), Ellington conta que ele e seus quatro músicos chegaram a dividir uma salsicha como jantar.
Dirigiu orquestras e fez arranjos de obras dos grandes clássicos, como Mozart, Schubert, Bach e Brahms. Mas o jazz foi uma constante. Não mudou o seu estilo, embora tenha visto nascer diversas correntes durante sua carreira, como o bebop, o free, e o jazz-rock. O colorido das sonoridades orquestrais enriqueceu o som de sua big band. "A orquestra é o meu instrumento", costumava dizer.
Nos anos 1920, mudou-se para Nova York, onde viveu a sua fase mais importante. Os concertos no Carnegie Hall foram memoráveis, em especial a suíte "Black, Brown and Beige", de 1943, inspirada na história da América negra.
Ellington criou o jungle style (estilo da selva), quando os metais da orquestra tocam com força e expressão, dando um efeito de selvajaria às composições. O trompetista Bubber Miley inaugurou e sedimentou esse caminho. Quando Ellington tocava no Cotton Club, de 1927 a 1932, acompanhando cantores e bailarinos, as composições em jungle style levantavam a audiência para dançar.
Boa parte das suas mais famosas composições foi construída a partir de melodias improvisadas pelos seus músicos. Entre as suas obras destacam-se quatro álbuns feitos com a colaboração de seus melhores solistas: "The Blanton - Webster Band", "Black, Brwon and Beige" e "The Duke's Men".
Nos anos 1960 e 70, fez várias tournées internacionais, do Japão à América Latina. Além dos concertos sacros, fez nesse período as bandas sonoras dos filmes "Anatomia de um Crime" e "Paris Blues".
Quando se preparava para a festa dos seus 75 anos foi hospitalizado com cancro e faleceu um mês depois.

23 - Alicia de Larrocha

Maio/23

aniversário do nascimento de
Alicia de Larrocha
(1923)

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Alicia de Larrocha y de Calle, que nasceu em Barcelona a 23.Mai.1923, é considerada a maior pianista espanhola.
Começou os estudos musicais aos 3 anos e em 1936, quando tinha apenas 13, já fazia o seu debut como pianista com orquestra, em concertos em Madrid e Barcelona. Foi aluna de Frank Marshall, continuador da prestigiada Academia Granados e que lhe proporcionou conhecer Rubinstein, Sauer, Cortot e outros grandes pianistas da época. A partir de 1939, ainda muito jovem, passou a apresentar-se em concertos com diversas orquestras europeias.


Em 1954 fez a sua estreia nos Estados Unidos e desde então ganhou extraordinário reconhecimento internacional, pela impecável técnica de execução pianística, que igualmente lhe valeu os mais importantes e diversos prémios ao longo de todo o resto da sua carreira: vários Grammies, sucessivos prémios de interpretação e de carreira nas artes, a par de doutoramento honoris causa, da medalha de ouro e da chave da cidade de Barcelona. Talvez a mais significativa tenha sido a medalha Albéniz, atribuída ao melhor intérprete do grande compositor espanhol.

22 - Verdi

Maio/22
aniversário da estreia de
Requiem de Verdi
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22/5/1874 Estreia, capela de S. Marcos, em Milão, do Requiem de Verdi, dirigido pelo compositor
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Verdi escolheu o dia 22 de Maio de 1874 para a estreia do Requiem, para comemorar o primeiro aniversário da morte de Alessandro Manzoni, um poeta e romancista italiano muito admirado pelo compositor e com quem se tinha encontrado em 1868. A peça também é, por vezes, referida como Manzoni Requiem. Foi escrita para quatro cantores solistas, coro duplo e grande orquestra.
O Requiem obteve sucesso imediato. Teve sete representações na Opéra Comique, em Paris. Em Veneza foi feita uma impressionante decoração eclesiástica Bizantina para a sua apresentação. Ouviram-se versões com acompanhamento de quatro pianos ou conjunto de metais. Mais tarde desapareceu do repertório coral, mas nos anos trinta, do séc. XX, ressurgiu e é, hoje, um marco para qualquer coro.

21 - Maurice André

Maio/21

aniversário do nascimento de
Maurice André
(1933)

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Um dos maiores trompetistas de sempre, que serviu de inspiração para um grande número de intérpretes de instrumentos de metal
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Maurice André nasceu de uma família de mineiros, no dia 21 de Maio de 1933, em Alès, na França. O seu pai era músico amador. Estudou trompete com um amigo do pai, que sugeriu que ele fosse estudar para o conservatório. Uma vez que os pais eram pobres e para conseguir entrar para o conservatório sem pagar propinas, André integrou uma banda militar. Em 1951 foi admitido no Conservatório de Paris. Seis meses depois ganhou o seu primeiro prémio.
Em 1955 ganhou dois prémios internacionais: um em Genebra e outro em Munique. Nas décadas de 60 e 70, do séc. XX, fez uma longa série de gravações de obras do período barroco, o que lhe deu fama internacional. Até hoje, e desde meados da década de 50, já fez mais de 300 gravações.

20 - Jean Pierre Rampal

Maio/20

aniversário da morte de
Jean-Pierre Rampal
(1922-2000)

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“O homem da flauta de ouro”
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Jean-Pierre Louis Rampal nasceu em Marselha, no dia 7 de Janeiro de 1922. O seu pai era professor da flauta e nunca o incentivou a ser músico profissional. Queria que ele cursasse medicina. Decidiu-se pela música somente durante a segunda guerra mundial, depois dos Nazis terem ocupado a França e tentado levá-lo para trabalhos forçados na Alemanha. Saiu da escola de medicina, ficando escondido dos alemães em Paris, onde estudou no conservatório nacional e atraiu rapidamente a atenção da comunidade musical daquela cidade.
Quando a guerra terminou, iniciou a carreira como solista e tornou-se o primeiro flautista da orquestra da ópera de Paris. Quando começou sua carreira, a flauta era frequentemente negligenciada como um instrumento solista, e o público também preferia mais as obras tradicionais para piano e violino.
Rampall foi um dos músicos clássicos mais gravados da história e era mais conhecido pelo seu amor à música barroca, embora tenha tocado de tudo, desde jazz à música indiana e às canções populares inglesas. A marca de Rampal era a sua flauta de ouro, da qual nunca se separou. "A sua flauta... falava ao coração" disse o presidente francês Jacques Chirac, no seu discurso "uma luz no mundo musical acabou de se apagar", que proferiu aquando da morte do flautista.
Durante a sua longa carreira, Rampal ajudou a trazer de volta a flauta como instrumento solista. Foi muito apreciado na América do Norte, onde realizou diversas digressões em recital, ganhando reconhecimento também como maestro.
Jean-Pierre Rampall morreu de paragem cardíaca no dia 20 de Maio de 2000, em Paris, aos 78 anos.

18 - Gustav Mahler

Maio/18

aniversário da morte de
Gustav Mahler
(1860-1911)

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Gustav Mahler nasceu em Kaliště, na Boémia, no dia 7 de Julho de 1860.
Apesar de ter sido um grande compositor, a sua obra só viria a ser reconhecida nos anos 60. Para isso contribuíram as gravações de Leonard Bernstein, um de seus sucessores à frente da Filarmónica de Nova Iorque, assim como biografias, escritas por Theodor Adorno e Otto Klemperer, publicadas na década de 60. A última contribuição para a sua redescoberta foi a utilização do Adagietto da 5ª sinfonia como parte da banda sonora do filme “Morte em Veneza”, de Luchino Visconti, em 1970.
A música de Mahler é impregnada de romantismo, mas possui novas tendências. As suas composições seguem a linha de Anton Bruckner e Beethoven.
Compôs dez sinfonias, sendo que a última foi completada por Deryck Cooke, um investigador britânico, em 1964. A estreia, em 1910, da sua 8ª Sinfonia (A Sinfonia dos Mil), dirigida por ele mesmo, precisou de dois coros e um terceiro de vozes brancas, oito vozes solistas, órgão e orquestra.
Foi, também, um apreciado intérprete de obras clássicas.
Em 1907, abandonou Viena para se instalar em Nova Iorque, onde dirigiu a Orquestra Filarmónica. Mas veio a falecer em Viena, no dia 18 de Maio de 1911.

12 - Giovanni Batista Viotti

Maio/12

aniversário do nascimento de
Giovanni Batista Viotti
(1753-1824)

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Giovanni Batista Viotti nasceu em Fontanetto Po, Vercelli (Itália), em 12 de Maio de 1755.
Aluno de Pugnani, realizou com o seu mestre, uma longa excursão de concertos (1780-1782) que o tronou conhecido em toda a Europa: Genebra, Berna, Dresden, Berlim, Varsóvia, São Petersburgo e Paris.
Entre 1782 e 1792, viveu em Paris, onde, depois de ter obtido grandes êxitos no Concert Spirituel, decidiu dedicar o seu talento exclusivamente ao serviço de Maria Antonieta. Foi encarregado, juntamente com o cabeleireiro da rainha, Leonard, de administrar o Teatro de Monsieur, mas a Revolução não lhe deu tempo de realizar aí o teatro lírico dos seus sonhos.
Em 1792, emigrou para Londres, de onde foi expulso, em 1798, sob a acusação de ter amizades revolucionárias e conspirar contra o rei. Permaneceu, durante três anos, próximo de Hamburgo, e depois foi autorizado a regressar para a Inglaterra, que transformou na sua segunda pátria, rodeado de amigos e admiradores (entre eles, madame Vigée-Lebrun, que pintou o seu retrato). Aí, dedicou-se principalmente ao comércio de vinhos, que o arruinou.
Entre 1818 e 1822 foi director da Ópera Italiana, em Paris, graças à protecção de Luís XVIII. O teatro fechou as suas portas, em 1820, depois de ter sido o local do assassinato do duque de Berry, e Viotti, que fracassou na reorganização do teatro, na Salle Favart e na Salle Louvois, perdeu o lugar e voltou para Londres. Aí morreu, em 3 de Março de 1824.
Viotti foi talvez o maior dos violinistas clássicos e, ao mesmo tempo, fundador da moderna escola do violino. Deixou 29 concertos para este instrumento, 10 concertos para piano, 2 sinfonias concertantes para 2 violinos, um grande número de obras de música de câmara (quartetos, trios, duetos).

9 - Carlo Maria Giulini

Maio/9

aniversário do nascimento de
Carlo Maria Giulini
(1914-2005)

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Carlo Maria Giulini nasceu a 9 de Maio de 1914 em Barletta, perto de Bari.
Estudou na Academia de Santa Cecilia, em Roma - e nesta instituição fez o início da sua carreira musical, como violetista, tendo no período entre guerras sido dirigido por todos os grandes maestros: Klemperer, Walter Furtwängler, Kleiber, Strauss, Stravinsky, Monteux são apenas os nomes de alguns deles.
O auge da celebridade viria cedo, ainda na década de 1950, quando se tornou maestro do Teatro Scala de Milão.
Na História do Scala – e para a História da Música do séc. XX – ficará sempre a noite de 28.Mai.1955, a da memorável Traviata com Maria Callas e Giuseppe di Stefano, encenada por Luchino Visconti. Os anos 50 e 60 são também os de grandes gravações para a EMI e de extraordinárias produções operáticas em Covent Garden e no Metropolitan de Nova Iorque.
A partir de 1968, insatisfeito com as condições de trabalho nos teatros de ópera, dedica-se ao repertório sinfónico e trabalha como maestro convidado principal da Sinfónica de Chicago, titular da Sinfónica de Viena e da Filarmónica de Los Angeles
Para a História da ópera, Giulini deixa acima de tudo a inesquecível Traviata de 1955, uma Italiana em Argel de 1954, um Don Giovanni de 1959, ou um Rigoletto de 1979 e um Falstaff de 1982.

8 - Keith Jarrett

Maio/8

aniversário do nascimento de
Keith Jarrett
(1945)

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Keith Jarrett nasceu em Allentown, Pensilvânia, a 8 de Maio de 1945.
Nascido numa família em que se respirava a música, o menino precoce, que aos 12 meses falava correctamente, começou a escrever música aos 3 anos e aos 5 ganhou o seu primeiro prémio como pianista. Em 1962, com 17 anos, começou a fazer gravações em estúdio.
Estudou com a famosa professora Nadia Boulanger, em Paris. Em 1966 integrou o quarteto de Charles Lloyd, com o qual fez uma digressão no Extremo Oriente e na União Soviética. Em 1969 passou a fazer parte do grupo de Miles Davis tocando piano eléctrico.
Quando deixou Miles Davis, Keith Jarrett deixou para sempre os teclados eléctricos. Em 1972 iniciou a sua famosa série de concertos improvisados da qual resultaram gravações que se tornaram populares.
Nos anos oitenta, Jarrett interpretava tanto o clássico como o jazz, mas nos anos noventa passou a gravar exaustivamente a sua série "Standards Trio", com o baixista Gary Peacock e o baterista Jack DeJohnette.
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Compositor e pianista que se notabilizou na área do jazz, tem formação e técnica pianística que lhe dão perfeito domínio e frequente apetência por outros estilos, tão diversos como os blues, o gospel ou a música clássica.
Tem passado pelos mais importantes palcos da “grande música”, fazendo notáveis duetos com outros grandes pianistas e performances com as mais conceituadas orquestras. Mas o seu máximo brilho constata-se, talvez, na técnica de improvisação, que chega a ser deslumbrante.
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8 - Hugo Alfven

Maio/8

aniversário da morte de
Hugo Alfven
(1872-1960)
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Rapsódia Sueca nº 1, Midsommarvaka Op. 19
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Hugo Alfven nasceu a 1 de Maio de 1872, em Estocolmo, onde fez o conservatório, tendo como principal disciplina o violino. Na Ópera Real de Estocolmo teve também o seu primeiro e principal emprego como violinista.
A partir de 1897, viajou muito pela Europa e durante cerca de dez anos estudou técnica de violino, composição e direcção de orquestra com diversos mestres internacionais.

Reconhecido como orquestrador muito hábil, Alfven destacou-se como maestro. Foi director de várias orquestras europeias, na Escandinávia, em Londres e em Viena e até 1939 director musical da Universidade de Uppsala, que já em 1917 lhe tinha conferido o título de doutor honoris causa. Como compositor, celebrizou-se pelas suas 5 sinfonias e pelas 3 rapsódias suecas, que o tornaram um dos principais nomes da grande música sueca. De todas, a mais famosa (e utilizada para versões na música pop e no cinema) é a Rapsódia Sueca nº 1, Midsommarvaka Op. 19.

7 - Piotr Ilytch Tchaikovsky

Maio/7

aniversário do nascimento de
Piotr Ilitch Tchaikóvski
(1840-1893)

O Lago dos Cisnes
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Precisamente 7 anos depois de Brahms, nasceu Piotr Ilitch Tchaikóvski. Nasceu a 7 de Maio de 1840 na cidade que então se chamava Kamsko-Wotkinski (e que actualmente se chama Tchaikovsky).
Precoce, iniciou a aprendizagem de piano aos cinco anos, mas quando tinha dez anos a família decidiu que ele deveria ser advogado. Mandaram-no para a Escola de Direito de São Petersburgo, onde estudou – e mesmo antes de se formar foi empregado no Ministério da Justiça. Porém, cedo deixou a carreira jurídica para se dedicar exclusivamente à música. Estudou no Conservatório de São Petersburgo até 1866, ano em que foi chamado pelo director do Conservatório de Moscovo, para dar aulas de Teoria Musical e Composição
Tchaikóvski é, a par de Mozart, um dos poucos compositores aclamados que escrevia com igual à-vontade óperas, sinfonias, concertos e obras para piano Embora não faça parte do chamado Grupo dos Cinco (Mussórgski, César Cui, Rímski-Korsakov, Balakirev e Borodin) de compositores nacionalistas da Rússia, compôs música que se tornou conhecida pelo seu carácter distintamente russo. Ainda assim, as suas obras foram muito mais ocidentalizadas do que aquelas de seus compatriotas, uma vez que ele utilizava elementos internacionais ao lado de melodias populares nacionalistas russas.

7 - Johannes Brahms

Maio/7

aniversário do nascimento de
Johannes Brahms
(1833-1897)

Dança Húngara nº 5
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Brahms, que viveu entre 1833 e 1897, é uma das mais importantes personalidades do romantismo musical europeu do séc. XIX.
Nasceu em Hamburgo e desde criança revelou excepcionais dotes para a música. Desde muito jovem acompanhou o pai, que era contrabaixista em bares, e aos 10 anos deu o seu primeiro recital público, interpretando Mozart e Beethoven. Não tardou a ser convidado para tocar nas cervejarias de Hamburgo e foi nesse ambiente que um dia decidiu sair de casa, aliciado por um violinista húngaro a fazer uma tournée pela Alemanha. A companhia não era a melhor, mas a digressão valeu a Brahms conhecer e fazer-se amigo de Joseph Joachim, Liszt e, Schumann. Em casa deste, passou a ser recebido e a tocar – o casal Robert e Clara Schumann considerava-o um génio.
Em 1860, comete um grande erro: assina, junto com Joachim e outros dois músicos, um manifesto contra a chamada escola neo-alemã, de Liszt e Wagner, e o que chamava "música do futuro". Embora Brahms nunca fosse afeito a polémicas, acabou classificado de reacionário, rótulo de que só se livrou muitos anos mais tarde, graças ao famoso ensaio de Schoenberg “Brahms, o Progressista”. Por isso ou não, deixou a Alemanha e fixou-se em Viena. E foi na Áustria que construiu algumas das suas principais obras e o prestígio que a qualidade destas merecia. Van Bullow referiu-se a ele afirmando que estava encontrado o 3º B da genialidade alemã (depois de Bach e Beethoven) e chegou a apreciar uma das suas sinfonias como “a décima”, assim o comparando ao grande Beethoven.
Mestre por excelência da música de câmara, Brahms construiu igualmente grandiosas sinfonias e outras obras orquestrais, concertos para instrumento solista e orquestra e, é claro, extraordinárias peças para piano, instrumento a que dedicou importante parte da sua vida.

7 - Antonio Salieri

Maio/7

aniversário da morte de
Antonio Salieri
(1750-1825)
Concerto para Flauta e Oboé (3º and.)
Maria Chepurina / Alexei Utkin / "Hermitage" Ensemble
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o compositor que apontam como grande rival – e quem sabe, assassino... – de Mozart
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É verdade que aquilo que mais tem dado fama a Antonio Salieri não são motivos de boa fama... Mas tudo indica que também não são factos de boa veracidade. Diz-se que nutria uma enorme inveja de Mozart e até que o grande compositor de Salzburgo poderá ter morrido vítima de uma maldade de Salieri – mas é pouco crível que tivesse um tal ódio por Mozart o homem que o próprio Mozart contratou para ensinar seu filho Franz Xavier. E que tivesse razões para morrer de inveja um mestre que também ensinou Beethoven, Czerny, Hummel, Meyerbeer, Schubert e muitos outros.

E outras razões tinha Salieri para se sentir realizado como músico e mestre: foi director musical da corte do imperador José II, cargo que manteve durante 36 anos; foi, por todos os motivos já apontados, uma figura de grande influência no meio musical vienense; e deixou escritas cerca de 40 óperas, entre as quais L’Europa Riconosciuta, que compôs para a inauguração do Teatro Scala e que teve enorme sucesso.

6 - Jascha Horenstein

Maio/6

aniversário do nascimento de
Jascha Horenstein
(1898-1973)

Sinfonia nº 9, em mi menor, op. 95 "Do Novo Mundo"
Orquestra Filarmónica de Berlim
Maestro Jascha Horenstein

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Horenstein nasceu em Kiev, mas tinha apenas 13 anos quando a família se mudou para a Áustria, pátria de sua mãe. Em Viena estudou com Joseph Marz e Franz Schreker e dirigiu a Orquestra Sinfónica de Viena, ainda durante os anos 20. Nessa mesma década dirigiu também a Orquestra Filarmónica de Berlim, onde entrou como assistente de Wilhelm Furtwängler.

Forçado pela sua condição de judeu a fugir dos nazis, em 1940 Horenstein fixou-se nos E.U.A.. O seu prestígio era já imenso – designadamente porque tinha feito premières de grandes compositores – e até que morreu em Londres, em 1973, notabilizou-se também como o “campeão” das gravações orquestrais em estúdio, em especial das sinfonias de Mahler e um brilhante cultor da música contemporânea.

5 - Niccolo Zingarelli

Maio/5

aniversário da morte de
Niccolo Zingarelli
(1752-1837)

Opera: Ines de Castro (estreia: Setembro 1803, Milão)
Quartetto: Anima mia, deh cedi, final do I acto (excerto)
Ines de Castro: Marilyn Hill Smith
Afonso: Ian Caley
Pedro: Della Jones
Fernando: Russell Smythe
Philharmonia Orchestra / maestro David Parry
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Niccolo Antonio Zingarelli nasceu em Nápoles em 4 de Abril de 1752. Aluno de Fenaroli no Conservatório de Santa Maria di Loreto, em Nápoles (1759-1769), viveu em Milão entre 1785 e 1794, onde, graças à protecção da arquiduquesa Beatriz da Áustria, apresentou um bom número de óperas no Scala e foi nomeado mestre de capela da catedral (1792).
Seguidamente foi mestre de capela em Loreto (1794-1804) e depois da Capela Sixtina de Roma (1804-1811). Quando Napoleão - depois de ter baptizado o seu filho Rei de Roma - ordenou que se fizessem grandes festejos na região sobre seu controle, foi encomendada a celebração de um Te Deum em São Pedro: mas o músico recusou-se a comparecer.
Preso e transferido para Paris por ordem do imperador, que admirava a sua música, Zingarelli foi libertado e de imediato passou a receber uma pensão. Após o seu regresso, foi nomeado director do Conservatório de Nápoles (1813) e mestre de capela da catedral (1816).
Morreu em Torre del Greco, Nápoles, em 5 de Maio de 1837.
Zingarelli compôs numerosas missas, oratórios, cantatas, 32 óperas sérias, 6 óperas bufas, bem como 541 inacessíveis conservadas na Santa Casa de Loreto e que fazem parte do secretíssimo Anaulle di Loreto (cuja cópia ou reprodução são proibidas).

4 - Gennady Rozhdestvensky

Maio/4
aniversário do nascimento de
Gennady Rozhdestvensky
(1931)

Rozhdestvensky interpreta Shostakovich
Concerto para piano, em dó menor, op. 35
4º and.- Allegro con brio - Presto
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Nasceu em Moscovo com o nome de Gennady Nikolayevich Anosov, este filho de um maestro e professor, Nikolay Anosov, com quem aprendeu composição no Conservatório de Moscovo. Apesar disso (ou talvez para melhor se distinguir do pai), adoptou o apelido de solteira da mãe para a sua carreira artística. Famoso quando ainda mal tinha completado 20 anos, por ter dirigido “O Quebra Nozes” no Teatro Bolshoi, muito cedo granjeou prestígio. Estreou diversas obras de compositores soviéticos e fez a première de Sonho de uma Noite de Verão de Benjamin Britten em Moscovo.

Conhecido pela eficiência das suas especiais batutas muito curtas e pelo facto de nunca usar o pódio para reger a orquestra, porque deambula permanentemente pelo palco enquanto dirige, Rozhdestvensky “passeou” pelas grandes salas de todo o mundo uma distinta classe e uma enorme humildade. Portugal foi, de algum modo, testemunha disso, quando, em 2003, um concerto do grande maestro na Fundação Gulbenkian, em Lisboa, foi cancelado porque um segurança o não deixou entrar no recinto – certamente estranhando que uma tão grada personagem chegasse a pé e sozinho…

3 - Narciso Yepes

Maio/3
aniversário da morte de
Narciso Yepes
(1927-1997)

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Um dos ícones da interpretação da guitarra no séc. XX
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Narciso Yepes nasceu em Lorca e viria a morrer em Murcia, em 1997.
Recebeu do pai a sua primeira guitarra aos 4 anos. Aos 20 (em 1947) fez a sua estreia oficial em Madrid, interpretando o Concerto de Aranjuez, de Joaquin Rodrigo. Com essa mesma obra viria, em 1964, a utilizar pela primeira vez a guitarra de 10 cordas que ele próprio criou, para interpretar mais fielmente a grande música do período barroco.
Nunca mais deixou a sua guitarra de 10 cordas. Com ela tocou com as mais famosas orquestras do mundo, numa média de 130 recitais por ano. E com ela se tornou num dos grandes músicos do século, para além de importante investigador e redescobridor de inúmeras obras para guitarra dos séculos XVI e XVII.Pelo seu enorme contributo para a Música, Narciso Yepes recebeu das mãos do rei Juan Carlos a Medalha de Ouro de Distinção das Artes. Foi-lhe também atribuído o Prémio Nacional da Música, para além de ter sido nomeado Membro da Academia de Afonso X, Doutor Honoris Causa pela Universidade de Múrcia e eleito por unanimidade para a Academia Real das Belas Artes de Espanha.

2 - Giacomo Mayerbeer

Maio/2
aniversário da morte de
Giacomo Mayerbeer
(1791-1864)

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Giacomo Mayerbeer (que pelo nascimento se chamou Liebmann Beer) nasceu em Berlim em 1791 e viria a morrer em Paris, em 1864.
Jovem ainda, compôs inúmeras peças para piano e canto, o que levou o pai a inscrevê-lo para estudar composição como aluno de Bernard Anselm Weber, director da Orquestra de Ópera de Berlim.
Estudou também em Darmstadt, onde se tornou amigo de Carl Maria Von Weber e onde apresentou a sua primeira obra mais conhecida,"Deus e a natureza", que lhe valeu diversos prémios.
Da Alemanha rumou para Itália, onde, inspirado pelo sucesso de Rossini, escreveu a sua primeira ópera em italiano, "Romilda e Constanza".
E em Paris, viria a apresentar com muito sucesso "Roberto, o Diabo", "Os Huguenotes" e "O Profeta" – obra esta de que faz parte a sua marcha mais famosa: a Marcha da Coroação.

2 - Alessandro Scarlatti

Maio/2

aniversário do nascimento de
Alessandro Scarlatti
(1660-1725)

“Al dardo mio possente”
trompetista Gabriele Cassone
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Alessandro Scarlatti, italiano da Sicília, viveu entre 1660 e 1725 – portanto em pleno período barroco.
Foi um dos precursores da ópera italiana e é considerado o pai da escola napolitana de ópera, obtendo grande sucesso com obras como A Rosaura, Telémaco e Griselda. Além da ópera, destacou-se na composição de cantatas de câmara e foi, em ambos os estilos, um compositor de extraordinário talento criativo. Foi pai de dois outros importantes músicos, Domenico Scarlatti e Pietro Filippo Scralatti.

Com uma que obra compreende nada menos que 115 óperas, 150 oratórios e mais de 500 cantatas, além de composições instrumentais, Scarlatti forma um importante elo entre a música vocal do início do Barroco italiano do século XVII e a escola clássica do século XVIII, que culmina em Haydn e Mozart. E as suas óperas, com aberturas com 3 andamentos, tiveram significativa importância na criação posterior da sinfonia clássica, para orquestra.

1 - Antonin Dvořac

Maio/1

aniversário da morte de
Antonin Dvořac
(1841-1904)

Mazurka para Violino e Orquestra, Op.49
Orquestra Filarmónica Checa / Maestro Jiri Belohlavek
Violinista Vaclav Hudecek
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Antonin Leopold Dvořac é o nome mais representativo da música checa. Nasceu a 8 de Setembro de 1841 e morreu a 1 de Maio de 1904. Foi instrumentista, director de orquestra e, acima de tudo, um notável compositor. Começou por ser violetista de orquestra e depois organista. Mas já nessa época compunha importantes Stabat Mater, obras sinfónicas, vocais e de câmara.
Em 1875 – tinha então 34 anos – foi-lhe atribuída pelo Estado uma renda, para se dedicar à música.

Depois das Danças Eslavas – uma das suas mais famosas obras, escrita nos anos em que atingia o apogeu – Dvorac percorreu ainda um caminho longo e musicalmente rico até compor a Sinfonia do Novo Mundo, o ex-libris da sua obra. Recebeu o título de Doutor Honoris Causa das Universidades de Cambridge, de Viena e de Praga e foi Director do Conservatório de Nova Iorque. As suas composições de Dvořák, de estilos muito próprios, têm grande riqueza melódica e colorido orquestral.

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