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29 - Gioachino Rossini

Fevereiro/29

aniversário do nascimento de
Gioachino Rossini
(1792-1868)

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Gioachino Antonio Rossini recebeu as suas primeiras lições musicais do pai, que tocava trompa e trompete na orquestra local. Aprendeu piano rapidamente e em 1806 entrou para o Conservatório Musical de Bolonha. Mas parece que a aridez do contraponto não cativava o jovem Rossini, que sentia jorrar dentro de si um turbilhão de ideias musicais e ansiava por lhes dar vazão. Em 1810 abandona o conservatório e segue para Veneza, onde estreia a sua primeira ópera, La Cambiale di Matrimonio

Com um estilo e uma sonoridade que fazem lembrar o seu admirado Mozart, Rossini fez sucesso na Itália e fora dela. O próprio Beethoven se declarou admirador dele, augurando-lhe o reconhecimento que o mundo da Música já lhe tributava em vida e que ainda hoje lhe é devido. O século XX consagrou-o como nome maior da ópera cómica, “obrigatoriamente” inscrito no repertório dos maiores intérpretes.
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28 - Guiomar Novaes

Fevereiro/28

aniversário do nascimento de
Guiomar Novaes
(1894-1979)
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Comemora-se hoje o aniversário de nascimento da maior pianista brasileira, uma das maiores celebridades nos meios musicais da Europa e dos Estados Unidos no início do século XX: Guiomar Novaes nasceu no dia 28 de Fevereiro de 1894 em São João da Boa Vista, no estado de São Paulo.

Guiomar cresceu no seio de uma família de 19 crianças e num ambiente religioso. Menina, impulsionada pelo som do piano tocado pelas irmãs mais velhas, esperava que elas deixassem o teclado para se sentar e tocar "até os dedos doerem". Aos 8 anos tocava com precisão técnica e notável sensibilidade interpretativa.
Em 1909, aos 15 anos, partiu para a Europa para tentar uma vaga no Conservatório de Música de Paris. Avaliada por um júri formado por músicos como Debussy, Moszckowski e Fauré, foi escolhida como a candidata com os melhores dotes artísticos. Entre as peças que tocou na prova estava a balada nº3 de Chopin. No final da prova, Debussy pediu à menina que tocasse novamente a balada.
Com a orquestra de Gabriel Pierné, Guiomar Novaes percorreu toda a Europa. A Primeira Guerra Mundial obrigou-a a voltar a São Paulo – mas no ano seguinte estabeleceu-se nos Estados Unidos onde construiu uma importante carreira. Em 1967 foi convidada pela rainha Isabel II de Inglaterra para dar um recital em Londres
Além de ter sido grande divulgadora da obra do seu compatriota Heitor Villa-Lobos, foi especialmente brilhante a interpretar Schumann e Chopin.

25 - Anton Arensky

Fevereiro/25

aniversário da morte de
Anton Arensky
(1861-1906)



Abertura da Suite 'Noite Egípcia'
Orquestra Sinfónica da Rússia
Maestro Evgeny Svetlanov
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A 25 de Fevereiro de 1906 morreu o compositor, pianista e professor Anton Arensky.
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Anton Stepanovich Arensky morreu no dia 25.Fev.1906, na Finlândia, mas tinha nascido na Rússia, em 1861. Com grande talento para a música, aos 9 anos tinha já composto várias canções para piano. Mais tarde estudou composição no Conservatório de S. Petersburgo, onde foi aluno de Rimsky-Korsakov. De aluno de S. Petersburgo passou a professor do Conservatório de Moscovo, onde fez brilhante carreira: entre os seus alunos figuram Scriabin, Rachmaninov e Gretchaninov

A música de Arensky tem uma forte influência de Tchaikovsky, a quem homenageou em diversas obras. Alcançaram particular prestígio as suas obras de música de câmara (dois quartetos de cordas, dois trios e um quinteto com piano), mas, apesar da sua morte prematura, aos 45 anos (que é por vezes atribuída a perturbações com o vício do álcool e do jogo), deixou três óperas, miniaturas orquestrais de grande brilho, um concerto para piano e orquestra e diversas obras sinfónicas.
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24 - Renata Scotto

Fevereiro/24

aniversário do nascimento de
Renata Scotto
(1934)

Dueto 'Parigi, o Cara' de 'La Traviata', de Verdi
tenor José Carreras / soprano Renata Scotto
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Cantora lírica italiana, que se tornou mundialmente famosa como soprano, devido às suas habilidades técnicas e dramáticas e que, depois de se aposentar dos palcos, passou a actuar como directora de ópera.
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Renata Scotto nasceu em Savona, na Itália, no dia 24 de Fevereiro de 1934.
Iniciou os estudos de canto aos catorze anos na sua cidade natal. Mudou-se para Milão dois anos mais tarde, e teve a sua estreia no Teatro Nuovo desta cidade, em 1952, como Violetta em La Traviata, de Verdi.
No ano seguinte, foi escolhida para o papel de Walter em La Wally, de Alfredo Catalani, contracenando com Renata Tebaldi e Mario Del Monaco, no La Scala, de Milão. Na noite de abertura da ópera, no dia 7 de Dezembro de 1953, a cantora foi ovacionada, voltando ao palco quinze vezes para agradecer os aplausos do público.
Após superar uma crise de voz nos anos seguintes, Scotto voltou ao La Scala em 1957.
Quando o teatro fazia uma digressão pela Escócia, Renata Scotto foi contratada, à pressa, para substituir Maria Callas em duas récitas extraordinárias da ópera La sonnambula, de Bellini. Preparando o papel de Amina em apenas dois dias, Scotto apresentou-se, com grande sucesso, em Edimburgo, e projectou-se deste modo como uma cantora lírica de renome internacional. Depois da sua estreia em 1965 – no papel de Cio-Cio-San na Madama Butterfly, de Puccini - Scotto actuou em diversas produções do Metropolitan Opera de Nova York. A partir do final dos anos 80, do séc XX, ocupou o cargo de directora, retirando-se, definitivamente, dos palcos em 1991.

23 - Georg Friedrich Händel

Fevereiro/23
aniversário do nascimento de
Georg Friedrich Haendel
(1685-1759).
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Haendel nasceu a 23 de Fevereiro de 1685.
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Georg Friedrich Haendel, que viveu entre 1685 e 1759, foi, juntamente com os seus compatriotas Bach e Telemann, um dos mais destacados nomes do período barroco. Saíu cedo da Alemanha, tinha apenas 21 anos, para trocar os estudos de Direito pela música. Em Itália, impôs a sua música para ópera, escreveu música de todos os estilos e foi famoso. Depois mudou-se para Londres – e a capital inglesa foi a sua pátria até que morreu.
Criador de uma obra vasta e grandiosa, Haendel foi durante séculos tido como um compositor formal. Winton Dean, estudioso da obra do compositor, diz dele que, depois da morte, “este príncipe dos artistas públicos, um panteísta e hedonista que gostou de gozar os prazeres sensuais, foi transformado, por singular ironia, num monumento de mármore da respeitabilidade”. Mas o redescobrimento de Haendel, ainda em curso, devolve-nos o vigoroso compositor.
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Häendel nasceu em Halle, na Alemanha, em 1685 e foi consagrado como um dos maiores compositores do seu tempo.
Após ter desistido de estudar Direito, dedicou-se à música, e em 1703 foi para Hamburgo, onde integrou o elenco da orquestra do teatro de ópera da cidade, onde estriou a sua primeira ópera, Almira, em 1705.
Depois de Hamburgo, deslocou-se até Itália, onde conheceu os grandes músicos do seu tempo, Corelli, Scarlatti e Pergolesi. Nesta altura já era considerado um génio.
De Itália data o primeiro conjunto de "concerti grossi" do compositor.
Em 1710 entra ao serviço da corte de Hanover, mas no mesmo ano foi convidado a ir para Londres, para escrever uma ópera (Rinaldo).
Como tinha compromissos com Hanover, Haendel pediu ao príncipe para fazer uma curta viagem a Londres. A autorização tardou, mas quando a obteve, foi para Londres para nunca mais voltar. Como é óbvio o príncipe não ficou nada satisfeito, e Häendel teria, mais tarde, problemas quando, por ironia do destino, o príncipe, que tão astutamente tinha enganado, ascendeu ao trono de Inglaterra.
Em Londres, Häendel daria início a um período de 35 anos de grande sucesso na sua carreira. Sete anos antes de morrer, ficou cego e passou os últimos anos a executar e a rever as suas óperas.
Haendel morreu em Londres, no dia 14 de Abril de 1759, consagrado como um ídolo do panorama musical inglês.
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22 - João de Sousa Carvalho

Fevereiro/22

aniversário do nascimento de
João de Sousa Carvalho
[1745-1798]

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João de Sousa Carvalho nasceu a 22 de Fevereiro e viveu entre 1745 e 1798.
Foi uma das figuras mais relevantes da música portuguesa da segunda metade do séc. XVIII, destacando-se sobretudo no campo da ópera e da música religiosa. Depois de iniciar os estudos em Portugal, ingressou no Conservatório de Santo Onofre a Capuana, em Nápoles, a expensas do rei D. José I, grande impulsionador da actividade operática na corte portuguesa. De regresso a Portugal ocupou o lugar de professor de contraponto e, mais tarde, de Mestre do Seminário da Patriarcal, onde viria a ter como alunos alguns destacados compositores da geração seguinte (António Leal Moreira, Marcos Portugal e João José Baldi, entre outros). Em 1778 sucedeu ao napolitano David Perez como professor de música dos Infantes e como compositor oficial da corte.
À semelhança da maior parte dos seus contemporâneos, Sousa Carvalho repartiu a sua actividade entre a música religiosa e a música dramática, usando em ambos os géneros uma linguagem estética muito semelhante. No domínio sacro, chegaram até nós 17 obras em manuscritos autógrafos, das quais fazem parte sete missas, três Te Deum, três salmos, um motete e a oratória “Isaco figura del Redentore”. A produção dramática de inclui cinco óperas e dez serenatas, um género semi-operático de dimensões reduzidas que se executava em versão de concerto
Grande parte da obra de Sousa Carvalho carece ainda de divulgação e estudo, mas pode dizer-se que, em geral, ela encontra fortes pontos de contacto com as tendências estéticas do pós-barroco, em especial com o chamado estilo galante, caracterizando-se por uma harmonia relativamente simples e uma fecunda inspiração melódica.

21 - Léo Delibes

Fevereiro/21

aniversário do nascimento de
Léo Delibes
(1836-1891)
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Léo Delibes nasceu a 21 de Fevereiro de 1836
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Léo Delibes – ou, mais propriamente, Clément Philibert Delibes – nasceu em Saint-Germain-du-Val, na região da Flecha Francesa, e viveu entre 1836 e 1891. Estudou no Conservatório de Paris e foi o ambiente da capital francesa que mais influenciou a sua obra. Entre 1865 e 1869 compôs operetas e óperas cómicas destinadas ao teatro comercial francês.

Em 1866, quando trabalhava como maestro substituto do coro da Ópera de Paris, grangeou fama como compositor de música para bailado, graças à suite “La Source”, em que colaborou com o maestro austro-russo Léon Minkus. Mas se é verdade que a música de bailado o tornou célebre – principalmente graças a “Copelia”, tida como a sua obra-prima – também na ópera escreveu música de grande qualidade. Caso da intemporal “Lakmé”.
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20 - Ernest Ansermet

Fevereiro/20

aniversário da morte de
Ernest Ansermet
(1883-1969)


Stravinsky - Suite do Ballet "Pássaro de Fogo" (excerto)
Orquestra Filarmónica de Londres / maestro Ernest Ansermet
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A 20 de Fevereiro de 1969 morreu o maestro suíço Ernest Ansermet.
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Apesar de ter nascido no seio de uma família com tradições musicais, Ernest Ansermet fez os seus estudos principalmente na matemática. Mas, ainda novo, estudou vários instrumentos, entre os quais o clarinete e o violino, e mais tarde, enquanto prosseguia os estudos na Sorbonne, frequentou cursos no Conservatório de Paris. Quando regressou à Suiça, começou por ser professor de matemática – e só mais tarde se dedicou em exclusivo à música.

Estreou-se como maestro em 1910. Em 1915 dirigiu pela primeira vez os Ballets Russes. Conheceu pessoalmente Stravinsky e foi sob a sua batuta que se estrearam diversas obras do compositor russo, como também de Prokofiev, Satie, Honegger e Frank Martin, entre outros. Foi o fundador da Orquestra Nacional de Buenos Aires. E foi, acima de tudo, o criador e mentor da Orchestre de la Suisse Romande, que dirigiu desde 1918 até 1967.

19 - Luigi Boccherini

Fevereiro/19

aniversário do nascimento de
Luigi Boccherini
(1743-1805)

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Boccherini nasceu a 19 de Fevereiro de 1743.

Luigi Rodolfo Boccherini nasceu em Lucca e viveu entre 1743 e 1805. Foi um virtuoso do violoncelo desde muito jovem e aos 13 anos mudou-se para Roma, onde se familiarizou com a música polifónica de Palestrina e Corelli.

Ainda jovem, foi convidado tocar na orquestra do Teatro Imperial de Viena e durante mais de uma década desenvolveu intensa actividade em vários países europeus, ao mesmo tempo que apreendia novos estilos e técnicas musicais. Nessa época compôs algumas das obras que mais o popularizaram – casos dos seis trios para dois violinos e violoncelo que estreou em Viena em 1760 e das seis sonatas para cravo e violino que apresentou em Paris em 1766.
Radicado em Madrid desde 1769, Boccherini ocupou o cargo de músico da corte e conseguiu intensa produção musical. Desse período resultaram os seis quartetos de cordas, o Stabat Mater para vozes e orquestra, a zarzuela La clementina e números trios, quartetos e quintetos. E foi em Madrid que, depois de perder as simpatias da corte, morreu na miséria.

18 - Gustave Charpentier

Fevereiro/18

aniversário da morte de
Gustave Charpentier
(1860-1956)

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O compositor francês Gustave Charpentier morreu a 18 de Fevereiro de 1956.

Nascido na Lorena, deixou a região natal, com a família, depois da guerra franco-prussiana de 1870. Na cidade de Tourcoing cursou violino e harmonia na Escola das Belas Artes – e foi o município dessa cidade que lhe ofereceu uma bolsa para continuar os estudos no Conservatório de Paris. Aí, foi aluno de Émile Pessard e de Jules Massenet.

Preocupado com as questões sociais, Charpentier foi o fundador do Conservatório Popular Mimi Pinson, destinado à educação artística dos jovens operários, e da Federação dos Artistas Músicos, organismo sindical dos músicos de Paris. Mas no plano musical tinha igualmente talento e personalidade fortes. Diga-se, por exemplo, que a sua obra ‘A Coroação da Musa’, que compôs na juventude e então não mereceu grande sucesso, viria a ser executada nas comemorações do bi-milenário de Paris e Montmartre, com 1250 intérpretes em cena e apresentada pore le próprio… aos 91 anos.
Tendo sido compositor de música que por vezes era intencionalmente excêntrica, a sua obra é principalmente associada à criação de ‘A Coroação da Musa’, um espectáculo que tinha Montmartre por cenário, e da ópera ‘Louise’, considerada a sua obra-prima e de que veio a ser feita uma versão cinematográfica.

17 - Henry Vieuxtemps

Fevereiro/17

aniversário do nascimento de
Henry Vieuxtemps
(1820-1881)

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Um violinista e compositor que Schumann comparou a Paganini
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Henry Vieuxtemps nasceu em Verviers, perto de Liége, um distrito belga, que foi fértil em violinistas. Recebeu as primeiras lições de violino do pai, que era construtor de violinos e violinista amador.
Apareceu pela primeira vez em público, como violinista, aos seis anos de idade e, no ano seguinte, com o seu professor, actuou numa série de concertos em cidades vizinhas. Em 1836, compôs o seu primeiro concerto para violino. No ano seguinte visitou a Rússia pela primeira vez. Foi aí que escreveu o concerto para violino nº1, publicado como op. 10. Este concerto foi apresentado em Paris, em 1841, obtendo grande admiração por porte de críticos e músicos, incluindo Wagner e Berlioz.
De 1846 a 1852, Vieuxtemps foi violinista da corte, em S. Petersburgo, solista nos Teatros Imperiais e professor. Em 1866 mudou-se para Paris, com a família e, em 1871, foi para Bruxelas, onde exerceu o cargo de professor de violino, no Conservatório.
O seu trabalho foi interrompido por um AVC, que afectou o seu braço direito, impedindo-o de tocar violino. Morreu no dia 6 de Junho de 1881.
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O Concerto nº 5, em lá menor, op. 37 foi composto em 1858 e 1859, a pedido de Hubert Lèonard, para um concurso no Conservatório de Bruxelas. Até hoje, o quinto concerto, expressivo e poético nas suas melodias, colorido na sua virtuosidade e original na forma, continua a atrair os violinistas à procura de música para concertos.

17 - Bruno Walter

Fevereiro/17

aniversário da morte de
Bruno Walter
(1876-1962)
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Excerto de 'Eine Kleine Nachtmusik', de Mozart
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Bruno Walter Schlesinger nasceu em Berlim, Alemanha, no dia 15 de Setembro de 1876. Estudou no Conservatório Stern, na sua cidade natal. Depois de ter actuado, como maestro, em várias cidades alemãs, Gustav Mahler convidou-o para maestro assistente da Ópera Estatal de Viena, cargo que Bruno Walter aceitou e onde se manteve até 1912, quando assumiu o cargo de Director Musical da Ópera de Munique. Teve a sua estreia nos Estados Unidos em 1923. Entre 1925 e 1929 foi Director Musical da Ópera Municipal de Berlim e apareceu no Covent Garden e no Festival de Salsburgo.
Depois, foi maestro dos Concertos Gewandhaus, em Leipzig, de 1929 a 1933. Nessa altura, foi obrigado pelos nazis a deixar a Alemanha. Regressou à Ópera de Viena em 1935, mas teve que sair em 1938, quando os nazis ocuparam a Áustria. Em 1939 foi para os Estados Unidos e tornou-se cidadão daquele país. Foi maestro do Metropolitan Opera de Nova Iorque, da Orquestra Sinfónica da NBC e da Orquestra Filarmónica de Nova Iorque.
Walter foi especialista nas interpretações dos clássicos alemães e austríacos e era amigo de Gustav Mahler, cujas obras interpretou como nenhum outro.

16 - Tomaz Alcaide

Fevereiro/16

aniversário do nascimento de
Tomaz Alcaide
(1901-1967)

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"Tenore Tomaso, il mitto dell'Opera" - como alguns dos melhores portugueses, foi mais reconhecido no estrangeiro.
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Tomaz Alcaide nasceu em Estremoz, no dia 16 de Fevereiro de 1901.
Estudou em Lisboa e Milão, onde se estreou, em 1925.
Na década de 30, depois de alguns anos de actividade, gravou para a Columbia Gramophone Company.
Cantou no Reale de Roma e no Scala de Milão, onde esteve em cartaz durante três anos. Fez actuações por toda a Europa, Estados Unidos, Brasil e Argentina. A 2ª Grande Guerra interrompeu-lhe a carreira e, financeiramente, ficou numa situação muito delicada.
Voltou a Portugal em 1947, tendo desempenhado as funções de professor de canto e encenador da Companhia Portuguesa de Ópera, até a sua morte, em 1967.
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Tenore Tomaso, como era conhecido em Itália, de origem portuguesa mas da escola italiana, tinha, de facto, aprendido e aperfeiçoado a sua voz com professores italianos e, na sua estreia, em Itália, no Teatro Goldoni di Bagnacavallo (Ravenna), no papel de Fausto de Gounod, recebeu os maiores aplausos de um público conhecedor. Tomaz Alcaide interpretou Rigoletto, La Traviata, Fausto, Manon, Werther, La Bohème, Tosca, Os Pescadores de Pérolas e tantas outras óperas.
É, na época, considerado o melhor intérprete de “O Pescador de Pérolas”, de Bizet.

15 - Karl Richter

Fevereiro/15

aniversário da morte de
Karl Richter
(1926-1981)

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Karl Richter, que nasceu perto de Dresden, na Alemanha oriental, foi maestro, organista e cravista. Começou a sua carreira de músico como organista da Igreja de São Tomás, em Leipzig, precisamente onde Johann Sebastian Bach tinha sido Director Musical, 200 anos antes. Por influência disso ou não, viria a tornar-se célebre, sobretudo, pelas suas interpretações da música de Bach.

E na verdade, tendo dirigido e arranjado um vasto leque de estilos musicais, Karl Richter notabilizou-se pela sua muito característica forma de interpretar os compositores do Barroco, rejeitando as flutuações do tempo que por força do gosto dos românticos eram correntes no modo de ler Bach, mas sem com isso se limitar a uma rígida autenticidade histórica das interpretações e preferindo o uso dos modernos instrumentos.
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Toccata e Fuga BWV 565 (J.S.Bach).
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14 - Fernando Sor

Fevereiro/14

aniversário do nascimento de
Fernando Sor
(1778-1839)


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José Fernando Macarurio Sors nasceu em Barcelona, no dia de S. Valentim do ano de 1778.
Estava-lhe destinada a vida militar, que era a de vários dos seus familiares e que começou por ser a sua escolha. Mas um dia o pai levou-o à ópera – e Fernando percebeu que não podia ser senão músico.
Escolheu a guitarra – um instrumento que na época era tido como menor e usado praticamente só em tabernas.
Com a guitarra, instrumento genuinamente espanhol, começou a compor música de exaltação patriótica. A motivação era a opressão das tropas de Napoleão.
Mas Fernando Sor acabou por não resistir à sedução francesa. Quando, em 1813, Espanha expulsou definitivamente o invasor, ele seguiu o caminho de muitos outros artistas seus compatriotas: Mudou-se para Paris.
Na capital francesa reuniu-se a um outro grande guitarrista clássico espanhol, Dionisio Aguado, e com ele começou um trilho profissional que depois o levou à Inglaterra e à Russia.
Na Inglaterra teve sucesso como compositor de ópera e bailado. Na Rússia atingiu o auge com o ballet que adornou a coroação do czar Nicolau I.
Terminou a vida em Paris, retirado do contacto com o grande público.
Mas foi nesse período que compôs as suas melhores obras. E também o Método para Guitarra, obra didáctica que ainda hoje é um precioso guia para a aprendizagerm da guitarra clássica nas escolas de música.

Pelo Método de Guitarra estudou, certamente, o jovem guitarrista Francisco Franco, aluno da Academia de Música do Fundão, que hoje nos traz a música de Fernando Sor.

14 - Michel Corboz

Fevereiro/14

aniversário do nascimento de
Michel Corboz
(14.Fev.1934)

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A celebração do dia dos namorados vem a propósito do homem que hoje homenageamos – um maestro que se apaixonou por Portugal há quase 40 anos e arranjou “namoro” eterno com uma das mais prestigiadas orquestras nacionais. Michel Corboz nasceu na Suiça precisamente no dia 14 de Fevereiro, no ano de 1934.
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A entrada de Michel Corboz no universo da música está profundamente ligada ao seu fascínio pela voz e pelas obras escritas no domínio da música vocal. Por isso dirige na actualidade, pelo mundo inteiro, as grandes oratórias que incluem coro, solistas e orquestra. Em 1961, fundou o Ensemble Vocal de Lausanne. As inúmeras distinções concedidas e o acolhimento entusiasta da imprensa, manifestado pelas suas gravações das Vésperas e do Orfeo de Monteverdi, marcaram o início de uma carreira que evoluiu naturalmente, sem ambições particulares, enriquecendo-se todos os anos com uma nova obra.
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Em 1969 foi nomeado Maestro Titular do Coro Gulbenkian. Pela sua reconhecida competência, foi solicitado a ficar, sucessivamente, durante os mais de 35 anos seguintes. Dirigindo o Coro Gulbenkian, realizou um grande número de concertos e gravações de obras de carácter coral-sinfónico, tendo assim colocado em destaque as qualidades raras e fundamentais deste coro. Foi também, nos últimos anos, também professor de direcção coral no Conservatório de Genebra.
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Em Dezembro de 1999 foi condecorado pelo Presidente da República Portuguesa com a Grã Cruz da Ordem do Infante. Já então tinha mais de 100 títulos gravados, muitas vezes galardoados por várias academias internacionais do disco. Da música sacra à ópera, muitas das suas gravações são com o Coro Gulbernkian e com intérpretes portugueses.

13 - Eileen Farrell


Aniversário de nascimento de
Eileen Farrell
(1920-2002)

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Eileen Farrell nasceu a 13 de Fevereiro de 1920.
.Filha de cantores de vaudeville, Eileen Farrell sempre gostou mais das salas de concertos e da rádio do que dos palcos da ópera. Mas foi uma excelente intérprete lírica, e o seu registo de soprano era tão perfeito quanto o timbre da sua voz foi inconfundível para os rádio-ouvintes e os amantes da música ligeira.
Em 1942 deu o seu concerto de estreia radiofónica na CBS, onde rapidamente ganhou direito a um programa próprio. 5 anos depois fez um “tour” pelos Estados Unidos, logo seguido de uma digressão pela América do Sul.
O recital de canto que deu em Nova Iorque, em Outubro de 1950, valeu-lhe entusiástica aclamação e imediato reconhecimento geral. Pouco depois foi contratada para cantar a Nona Sinfonia de Beethoven com a Orquestra da NBC por, nada mais nada menos que “mestre” Arturo Toscanini. E ainda na década de 1950 havia de reunir em Nova Iorque um auditório de 13.000 pessoas para a ouvir cantar arias de “Ernani”, de Giuseppe Verdi.
A par de uma carreira de êxito na ópera, em que desempenhou dezenas de papeis, foi solista preferida de Bernstein na Filarmónica de Nova Iorque e canto frequentes vezes no Metroploitan (onde chegou a abrir temporada), Eileen Farrell foi durante duas décadas professora de música em duas universidades americanas e nunca deixou de gostar de cantar música pop.
Em 1987 voltou a dedicar-se à gravação de pop álbuns. Fez várias gravações e teve sucesso com todas. A música ligeira não ensombrou a magnífica voz da soprano nem fez esquecer os papeis com que, principalmente no Metropolitan, protagonizou “A Força der Destino” de Verdi ou “La Gioconda de Ponchielli.

12 - Hans von Bulow

Fevereiro/12

aniversário da morte de
Hans Guido von Bülow
(1830-1894)

"Arabesques sobre um tema do "Rigoletto" de Verdi, Op. 2 (excerto)
pianista Daniel Blumenthal
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Hans Guido Freiherr von Bülow nasceu em Dresden, na Alemanha, no dia 8 de Janeiro de 1830.
Virtuoso no piano, foi um dos mais famosos maestros do século XIX.
Entre 1887 e 1892 foi director artístico e maestro titular da Filarmónica de Berlim. Em 1848 entrou para a Universidade de Leipzig para estudar Direito, porém, ao assistir a uma representação da ópera Lohengrin, de Richard Wagner, dirigida por Liszt, decidiu tornar-se músico profissional. Foi para Zurique, e encontrou Wagner, de quem recebeu conselhos essenciais sobre direcção de orquestra. Entre 1851 e 1853 estudou piano com Franz Liszt, em Weimar. No período de 1855 e 1864 ocupou a cátedra principal de piano no Conservatório Stern em Berlim e, em 1867, assumiu a direcção do Conservatório da Baviera.
Bülow, que construíra fama como pianista e também como maestro, veio a ser o solista na primeira execução do Concerto nº 1 para piano e orquestra de Tchaikovsky, em 1875, em Boston. Em apenas dois anos apresentou 139 concertos, apenas nos Estados Unidos. Como compositor, é mais conhecido pelas suas paráfrases e transcrições de óperas de Gluck, Verdi, e Wagner, incluindo a primeira transcrição para piano da ópera “Tristão e Isolda”, de Wagner.
É de sua autoria a conhecida frase: "Os três grandes "Bs" da música", fazendo referência a Bach, Beethoven e Brahms.
Esperando uma melhoria na sua saúde, viajou para o Egipto em 1894, tendo vindo a falecer, no Cairo, poucos dias depois da chegada.
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Bülow's musical studies began relatively late, and was not until the age of nine that he began to receive formal piano lessons. After studying law in Leipzig and Dresden, he abandoned his legal career in 1850 to make his debut as a conductor in Zurich. In 1851 he began piano studies at Weimar with Franz Liszt, whose daughter Cosima he went on to marry in 1857. After teaching in Berlin (1855–1864) and giving piano recitals, he was appointed Hofkapellmeister in Munich in 1865, where he conducted the premieres of Wagner's Tristan und Isolde (1865) and Die Meistersinger von Nürnberg (1868).
After his wife first Cosima (Liszt's daughter) left him for Richard Wagner after eleven years of marriage in 1868, Bülow resigned his post in Munich the following year, and began to tour widely in Europe, Russia and the United States. It was in Boston in 1875 that he premiered Tchaikovsky's Piano Concerto No. 1, which the composer dedicated to him. Although closely associated with the New German School of music, Von Bülow also championed Tchaikovsky's works, and conducted the premiere of his Suite No. 3 in Saint Petersburg in 1885.
In 1882 Bülow married again to the actress Marie Schlanzer, who had friendly relations with Tchaikovsky
.”
(www.tchaikovsky-research.net)

12 - Émile Waldteufel

Fevereiro/12

aniversário da morte de
Émile Waldteufel
(1837–1915)

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Émile Waldteufel morreu a 12 de Fevereiro de 1915.

Waldteufel nasceu na Alsácia, numa família de músicos Judeus, em 1837.
O pai tinha uma orquestra e seu irmão Lyon era um músico muito apreciado. Foi por efeito da admissão deste no Conservatório de Paris que a família se mudou para a capital francesa, onde Émile passaria o resto da sua vida.
De 1853 a 1857 estudou piano no Conservatório de Paris, onde foi condiscípulo de Jules Massenet. Durante este tempo, a orquestra do seu pai converteu-se numa das mais famosas de Paris, e ele era frequentemente convidado para tocar na altura de eventos importantes.

Chegou a ser pianista da corte da imperatriz Eugénia, mas com a dissolução do império francês em sequência da guerra franco-prussiana, limitava-se a tocar com a orquestra do pai nos corredores presidenciais do Palácio do Eliseu. Poucos conheciam Émile Waldteufel quando, em Outubro de 1874 o Prícipe de Gales (que veio a ser Eduardo VII) o ouviu e ficou encantado com a valsa “Manolo”. Abriram-se no Reino Unido as portas do sucesso ao compositor de valsas, polcas e música popular – que viria a ficar célebre pela sua Valsa dos Patinadores.

10 - Leontyne Price

Fevereiro/10
aniversário do nascimento de
Leontyne Price


dueto do 2º acto da ópera "Um baile de Máscaras" (Verdi)
soprano Leontyne Price / tenor Luciano Pavarotti / maestro James Levine

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“a mais bela voz de soprano…”
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Temos que reconhecer que um nome como Maria Violeta nunca iria deixar alguém propriamente extasiado. Pois no dia 10 de Fevereiro de 1927 nasceu uma menina que, se fosse portuguesa, teria sido chamada Maria Violeta; como nasceu no outro lado do Atlântico, na América, chamaram-lhe Mary Violet. Claro que hoje ninguém a conhece por este nome, já que foi entretanto alterado para Leontyne Price, a nossa aniversariante de hoje.
Com uma carreira iniciada na 2ª metade do século XX, Price tornou-se num dos mais admirados sopranos, com um desempenho particularmente brilhante no papel de Aida da ópera homónima de Giuseppe Verdi, que cantou durante 30 anos e com o qual fez a despedida operática, em 1985, no Metropolitan Opera House, em Nova Iorque.
E não se pense que lhe foi fácil chegar ao estrelato! A cor da pele pode não influenciar as cordas vocais mas entope os neurónios de muito boa gente. Quando ela nos é apresentada como "o primeiro soprano afro-americano digno de registo", isso não só revela as qualidades de Leontyne Price, como nos diz bastante do que se passou até então.
Desejamos um bom dia de aniversário para aquela que foi, para Plácido Domingo, “a mais bela voz de soprano que já ouvi a interpretar Verdi".

9 - F.A. Hoffmeister

Fevereiro/9
aniversário da morte de
Franz Anton Hoffmeister
(1754-1812)
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Um talento ostracizado
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Franz Anton Hoffmeister nasceu em Rothenburg am Neckar, na Áustria, no dia 12 de Maio de 1754.
Com apenas 14 anos foi estudar direito para Viena, mas envolveu-se de tal modo na rica e variada vida musical dessa cidade, que depois da licenciatura, decidiu dedicar-se à música. Em 1780, com 26 anos de idade, já se tinha tornado num dos compositores mais populares de Viena, com um repertório muito extenso e variado.
Activo no âmbito do universo vienense da segunda metade do séc. XVIII, Hoffmeister viria a ser conhecido sobretudo como editor de música, a ele se devendo a fundação da, ainda hoje existente, editora C. F. Peters. Mas também se relacionou com os grandes génios musicais do seu tempo, com destaque para Mozart, de quem foi um fiel amigo, Haydn, Dittersdorf e Beethoven, que dele disse tratar-se de um «verdadeiro irmão na arte da música».

8 - Giuseppe Torelli

Fevereiro / 8

aniversário da morte de
Giuseppe Torelli
(1658-1709)

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Giuseppe Torelli morreu a 8 de Fevereiro de 1709.

Nascido na então república italiana de Verona em 1658, Torelli foi um dos principais artífices do concerto com solista e do concerto grosso no Barroco. Embora não se podendo considerar o inventor destas formas musicais, ele contribuiu decisivamente para a definição das suas características, levadas mais tarde à sua plenitude por Vivaldi e Bach.

Educado em Verona e em Bolonha, ocupou o cargo de violinista da Igreja de S. Petrónio nesta última cidade de 1686 até 1695, ano em que se mudou para Viena, regressando mais tarde a Bolonha, onde veio a morrer.
Da sua produção, eminentemente instrumental, destacam-se as colecções de Concertos de Câmara, de Concertos Musicais e de Concertos Grossos.
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Concerto Grosso, Op.8, nº6, em sol bemol
Orquestra Filarmónica Feminina de Viena / Izabella Shareyko

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8 - John Williams

Fevereiro/8

aniversário do nascimento de
John Williams
(1932)
SOM DO PROGRAMA
free music
* Banda de Goose Creek
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No dia 19 de Julho de 1996 a cidade americana de Atlanta celebrou a abertura dos Jogos Olímpicos, comemorando ao mesmo tempo os 100 anos das Olimpíadas da Era Moderna. O hino encomendado para esse evento foi composto por um músico de currículo incomparável.
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John Williams, americano nascido em 1932 em Nova Iorque, é considerado por muitos o maior compositor vivo. Foi, quando jovem, pianista de jazz em Nova Iorque, mas notabilizou-se depois de se mudar para Los Angeles – onde foi trabalhar para a indústria cinematográfica.
Compôs música para mais de 100 filmes, na grande maioria sucessos estrondosos do cinema. Poderíamos começar em Indiana Jones, Guerra das Estrelas, Parque Jurássico ou Super-homem, e iríamos até Nascido a 4 de Julho, Nixon, 7 Anos no Tibete, Amistad ou A Lista de Schindler. Mas demoraria a enumeração do longo rol de grandes filmes que John Williams compôs por encomenda dos principais realizadores do cinema.
Para além de ser a personalidade que mais nomeações recebeu para os óscares de Hollywood, John Williams recebeu, pela sua música, mais de 40 óscares e galardões como os Emmys, os Grammys ou os Globos de Ouro – e ainda numerosos discos de ouro e platina.
Não se esgota no cinema, porém, a vasta obra deste compositor. Na música erudita, compôs diversos concertos orquestrais, sendo os mais famosos os que escreveu para instrumentos de sopro e orquestra, e para violoncelo e orquestra.
Em 1980, Williams foi nomeado para regente de uma das mais célebres orquestras do mundo, a Orquestra Pops de Boston. E quando por sua vontade se retirou, em Dezembro de 1993, passou a ser maestro honorário residente daquela prestigiada orquestra, com mais de 120 anos de existência.

7 - Stuart Burrows

Fevereiro/7

aniversário do nascimento de
Stuart Burrows




"Il mio Tesoro" (Don Giovanni, Mozart).
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Um tenor britânico, um dos maiores cantores líricos do mundo
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Nascido no País de Gales a 7.Fev.1933, Stuart Burrows considera como ponto mais alto da sua carreira a sua participação no Fesrival de Atenas, interpretando o "Oedipus Rex”, de Stravinsky, por designação do próprio compositor. A verdade é que, 29 anos depois da sua estreia na Royal Opera House (em 1967) Burrows tinha-se afirmado como um dos maiores cantores líricos do mundo.
Foi aclamado nas maiores salas de ópera de todo o mundo – da ópera de San Francisco, ao Teatro Cologne de Buenos Aires, à Ópera de Paris ou à òpera Estatal de Viena, protagonizando os principais papeis de Mozart a Donizetti, de Puccini a Berlioz. Como intérprete convidado, fez digressões com a Royal Opera no Extremo Oriente e no Japão e cantou nas cerimónias dos Jogos Olímpicos de 1984 em Los Angeles.
Familiarizado com os palcos mais exigentes, interpretou papeis de protagonista na Brahmsaal de Viena (considerada a mais importante sala de concerto da Europa) no Teatro La Scala de Milão, no Carnegie Hall e no Metropolitan de Nova Iorque. Com a orquestra do Met, como convidado, fez várias digressões pela América
Também para a televisão Burrows foi muito solicitado. Fez programas para estações de Canadá, Irlanda, Finlandia, Bélgica, Austrália e França, onde cantou o Requiem de Berlioz sob a direcção de Bernstein. A BBC dedicou-lhe um programa semanal que, ao longo de 8 anos, teve audiência de oitenta milhões de espectadores.

6 - Claudio Arrau

Fevereiro/6

aniversário do nascimento de
Cláudio Arrau
(1903-1991)

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Um dos grandes intérpretes do reportório romântico do piano, especialmente de Beethoven e Chopin.
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Claudio Arrau León viveu entre 1903 e 1991. Nasceu chileno e viria a naturalizar-se norte-americano, este grande intérprete dos compositores clássicos, dos românticos e dos impressionistas.

Quando deu o seu primeiro recital, em Santiago do Chile, tinha 5 anos. Não será de admirar que 3 anos depois já se encontrasse em Berlim, onde prosseguiu os seus estudos com o maestro Martin Kraus, que se referiu a ele dizendo: “este menino vai ser a minha obra-prima”. A Europa e os Estados Unidos “apropriaram-se” do virtuosismo e da profundidade com que estudou e interpretou Brahms, Chopin, Schumann e Beethoven (este o compositor que mais preencheu o seu repertório), mas também outros grandes mestres, designadamente românticos. Só em 1984, numa sequência de recitais comemorativos dos seus 80 anos, voltou a tocar no Chile.

Estreia em Berlim aos 14 anos de idade, carreira internacional iniciada aos 18, vencedor do Prémio Internacional de Genebra em 1927… Mas muito mais: recebeu da Orquestra Filarmónica de Berlim a medalha Hans von Bülow, em 1980; a Légion d’Honeur em França, o Prémio da Música da UNESCO, a Medalha Beethoven em Nova Iorque, o grau de Doutor Honoris Causa da Universidade de Oxford; e o Prémio Nacional de Arte do Chile (1983).

Resumo – pálida imagem - da vida de um amigo pessoal de Pablo Neruda ( quem considerava o “nec plus ultra”), de um dos melhores intérpretes de Beethoven, que se sentia igualmente à vontade nos românticos, nomeadamente Chopin e Liszt.
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5 - Jussi Bjorling

Fevereiro/5

aniversário do nascimento de
Jussi Bjorling
(1911-1960)

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Há quem diga que o nosso homenageado de hoje foi o maior tenor de sempre. Existem, até, estudos científicos sobre a sua voz.
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Johan Jonatan "Jussi" Björling nasceu em Borlänge, na Suécia. É não só o melhor tenor do mundo, como foi considerado, há uns anos atrás, pela revista Classic CD, a melhor voz de todos os tempos.
Aprendeu a cantar com o pai e, aos 4 anos, apresentou-se em público com o Björling Male Quartet. O grupo actuou em vários concertos pela Suécia e Estados Unidos, durante onze anos e meio.
Foi no Carnegie Hall que, em 1937, Björling se estreou em concerto. No ano seguinte estreou-se no Metropolitan Opera de Nova Iorque, no papel de Rodolfo, na Bohème, de Puccini. O tenor era muito admirado pela sua inata musicalidade e a sua técnica, aparentemente sem esforço. Ao que parece, a sua maior fraqueza era como actor. Esta fraqueza era, no entanto, compensada pelo belo timbre da sua voz.
Jussi Björling era conhecido como o “Caruso Sueco”. A sua viúva, Anna-Lisa Björling, publicou uma biografia do seu marido, onde o descrevia como um homem que amava a família e que era um colega generoso. No entanto, não escondeu o facto da influência destrutiva que o álcool tinha na sua vida. No dia 15 de Março de 1960, Jussi Björling sofreu um ataque de coração, antes de uma actuação no Royal Opera House, Covent Garden, em Londres. Mesmo assim, ainda actuou nessa noite. Morreu seis meses depois, em Siarö, na Suécia, no dia 9 de Setembro de 1960.

5 - Jacques Ibert

Fevereiro/5

aniversário da morte de
Jacques Ibert
(1890-1962)

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Dia para lembrarmos o compositor francês Jacques Ibert, que morreu nesta data, no ano de 1962.

Jacques Ibert nasceu em 1890, em Paris, onde também viria a falecer. Foi na capital francesa que fez os seus estudos no Conservatório, de 1910 a 1914.
Logo a seguir à Grande Guerra, em 1919, foi distinguido com o 1º Grande Prémio de Roma, pela sua obra “Le Poète et la Fée”.
Durante quatro décadas, desde 1936 até que morreu, ocupou importantes cargos de direcção musical e artística: Director da Villa Médicis, da Agregação dos Teatros Líricos Nacionais e da Academia das Belas Artes.
Tendo composto mais de 60 peças para o cinema, músicas para teatro, bailado e ópera, Ibert foi um contemporâneo que cultivou e representou a tradição da arte francesa, com música eivada de elegância e humor, mas escrita com seriedade e rigor.

4 - Martti Talvela

Fevereiro/4
aniversário do nascimento de
Martti Talvela
(1935-1989)

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Um baixo finlandês, o cantor mais alto do século XX
Tinha uma voz de baixo, das mais notáveis na história da ópera e media 2 metros e 3 centímetros de altura.
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Martti Olavi Talvela nasceu em Hiitola, na Finlândia, no dia 4 de Fevereiro de 1935. Estudou na Academia de Música de Lahti entre 1958 e 1960. Depois de ganhar o 1º prémio na Competição Finlandesa de Lieder foi estudar voz para Estocolmo.
Estreou-se no Royal Theater, em Helsínquia, em 1961, interpretando o papel de Sparafucile, da ópera Rigolletto, de Giuseppe Verdi.
Mas a profundidade e o timbre da sua voz faziam-no sobressair em todos os papéis que interpretava.
Em 1962, estreou-se no Festival de Bayreuth e integrou o elenco da Deutsche Oper, em Berlim. Em 1968 teve a sua estreia nos Estados Unidos, na Universidade de Hunter, em Nova Iorque.
Em Outubro desse mesmo ano, estreou-se, na ópera Don Carlos, de Verdi, no Metropolitan Opera, onde ficou durante alguns anos, cada vez com mais sucesso, sendo especialmente aclamado pela sua dramática interpretação de Boris Godunov, de Mussorgsky.
Em 1973 foi-lhe atribuído o prémio Pro Finlandia e também o Prémio Estatal Finlandês.
Martti Talvela morreu em Juva, na Finlândia, no dia 22 de Julho de 1989, no dia do casamento da filha, e enquanto dançava com ela. Tinha 54 anos.

4 - Erich Leinsdorf

Fevereiro/4

aniversário do nascimento de
Erich Leinsdorf
(1912-1993)
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Erich Landauer, que usou o nome artístico e ficou conhecido por Erich Leinsdorf, nasceu em Viena e estudou música desde os 5 anos. Cursou direcção de orquestra na Mozarteum, em Salzburg e mais tarde na Universidade de Viena e na Academia de Música de Viena. Dirigiu, em concertos e gravações, as principais orquestras da Europa e dos Estados Unidos, tendo sido assistente de Bruno Walter e Arturo Toscanini no Festival de Salzburgo e maestro principal da Metropolitan Opera de Nova Iorque

Célebre pela precisão das suas interpretações e pela sua fortíssima personalidade de maestro, Leinsdorf gravou inúmeros discos, com os mais conceituados intérpretes e orquestras. Em 1967 dirigiu a Orquestra Sinfónica de Boston num programa televisivo de grande audiência e impacte na América, intitulado “Uma Tarde em Tanglewood” – no qual, com o violinista Itzhac Perlman, lançou na NBC a ideia de um grande canal comercial de televisão transmitir regularmente concertos de longa duração.
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Leinsdorf dirige Tebaldi (Madame Butterfly, Puccini, 1959).
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3 - Felix Mendelssohn

Fevereiro/3
aniversário do nascimento de
Felix Mendelssohn
(1809-1847)
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200 anos do nascimento de “um génio precoce”
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Felix Mendelssohn Bartholdy – ou mais completamente, Jakob Ludwig Felix Mendelssohn Bartholdy – nasceu no dia 3 de Fevereiro de 1809, em Hamburgo, na Alemanha, e foi uma das figuras mais importantes do início do período romântico. Mendelssohn foi um homem dotado: um bom pintor e escritor, um soberbo pianista e organista, um bom violinista e maestro e, principalmente, um grande compositor. Começou a estudar piano com a mãe e, mais tarde, com Ludwig Berger, altura em que se revelou um compositor bastante precoce. Durante a adolescência, escreveu várias composições, entre as quais cinco óperas, 11 sinfonias para orquestra de cordas, concertos, sonatas e fugas.
Depois, com apenas 17 anos, Mendelssohn compôs o acompanhamento musical para uma peça de Shakespeare: Sonho de uma Noite de Verão. Ainda hoje, esta é uma das suas obras mais reconhecidas e divulgadas e surpreende a maturidade de composição que o jovem Mendelssohn já revelava. Na sua música, o compositor observou os modelos clássicos e os aspectos-chave do Romantismo. O seu movimento artístico exaltou os sentimentos e a imaginação, sobrepondo-se às formas rígidas e às tradições. O excesso de trabalho e o choque da repentina morte da irmã Fanny (também ela compositora), em Maio de 1847, resultou na sua própria morte, no dia 4 de Novembro desse mesmo ano, em Leipzig.

2 - Jascha Heifetz

Fevereiro/2
aniversário do nascimento de
Jascha Heifetz
(1901-1987)
* Capricho # 24 - Paganini
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Um dos mais virtuosos violinistas de sempre, por muitos considerado o maior do século XX
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Jascha Heifetz, que nasceu a 2 de Fevereiro de 1901, na cidade de Vilnius, então na Rússia e actualmente capital da Lituania, morreu com 86 anos. Desses 86 anos, 83 passou-os a tocar violino e durante mais de 60 percorreu os grandes palcos do mundo. Fez mais de 2 milhões de quilómetros em concertos, para além de inúmeras aparições em estações de rádio e participações em produções cinematográficas.
Heifetz celebrizou-se pela extraordinária interpretação das mais famosas obras e Paganini, Bach e Saint-Saens. Logo em criança tinha evidenciado o talento genial que viria a deslumbrar a América e a conquistar o mundo. Com apenas 9 anos, entrou na famosa classe de Leopold Auer em S. Petersburgo e aos 16 fez a sua estreia no Carnegie Hall, em Nova Iorque.

Quando lhe observaram ter sido uma criança prodígio, Heifetz respondeu: “Isso de criança prodígio não é mais do que uma doença, geralmente fatal. Eu tive a sorte de estar entre os poucos que sobreviveram a isso. Mas havia a vantagem de ter um grande professor e uma família que levava a música em alta consideração, tinha bom gosto e odiava a mediocridade”.
A estreia de Heifetz no Carnegie Hall, foi contada assim pelo crítico Samuel Chotzinoff: O violinista de dezasseis anos parecia a pessoa menos preocupada de todo o auditório enquanto caminhava até ao palco e pouco se movia durante toda a exibição, de tamanho virtuosismo e musicalidade como nunca havia sido visto nesse histórico auditório.
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Partita # 3 (Prelúdio) - J. S. Bach
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2 - Tullio Serafin



Fevereiro/2

aniversário da morte de
Tullio Serafin
(1878-1968)


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Tullio Serafin nasceu em Rottanova, perto de Veneza, no dia 1 de Setembro de 1878.
Formou-se em Milão e tocou viola na Orquestra do Teatro La Scala, sob a direcção de Toscanini, sendo, mais tarde, nomeado Maestro Adjunto. Tomou posse como Director Musical daquele teatro, quando Toscanini foi para Nova Iorque, entre 1909 e 1914 e entre 1917 e 1918. Depois da segunda Guerra Mundial retomou brevemente o cargo, em 1946 e 1947.
Serafin dirigiu um repertório de ópera muito vasto, que reavivou muito do bel canto do século 19: óperas de Bellini, Donizetti e Rossini.
Integrou o elenco de maestros do Metropolitan Opera de Nova Iorque em 1924, onde permaneceu durante uma década. Depois tornou-se o director artístico do Teatro Reale, em Roma.
Durante o seu grande percurso como maestro, ajudou as carreiras de muitos importantes cantores, incluindo Rosa Ponselle, Joan Sutherland, e Maria Callas, com quem fez inúmeras gravações.
Tullio Serafin morreu em Roma no dia 2 de Fevereiro de 1968.

1 - Renata Tebaldi

Fevereiro/1
aniversário do nascimento de
Renata Tebaldi
(1922-2004)

(excertos de algumas das principais interpretações)
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A rival de Maria Callas
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Renata Tebaldi nasceu em Pesaro, a 1.Fev.1922.
A poliomielite, que a atingiu aos 3 anos, terá sido determinante na escolha de actividades menos físicas – e a música revelou-a como uma das maiores vozes do bel canto.
Estudou no Conservatório de Parma e fez a sua estreia em 1944, com o papel de Elena na ópera Mefistofele de Arrigo Boito. Dois anos depois subiu ao palco do La Scala de Milão. Em 1955 cantou pela primeira vez no Metropolitan de Nova Iorque.
Durante anos, o público fez de Tebaldi e Callas grandes rivais. Chegou a haver relato de admiradores mais entusiastas de ambas se terem envolvido em confrontos físicos, Mas em Setembro de 1968 Callas elogiou publicamente o desempenho de Tebaldi como Adriana Lecouvreur na ópera homónima de Francesco Cilea.
Muito apreciada pelo público, brilhou em papéis que se adequavam à sua voz, de uma beleza espontânea e natural. A crítica classificou de incomparável os seus desempenhos de Violetta em La Traviata de Verdi, e em “La Fanciulla del West” e “Tosca” de Puccini.

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