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- - - - - - -- - - - - EXEMPLAR..- -- - - -- -..B & B - -- - - - - - UM OUTRO BACH? - -- - TRUTAS

31 - Howard Ferguson



Outubro/31
aniversário da morte de
Howard Ferguson
(1908-1999)
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1º andamento da Sonata nº 1, op. 2, para violino e piano
Piano - Lillian Steuber / violino - Jascha Heifetz
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Howard Ferguson nasceu em Belfast, Irlanda, a 21 de Outubro de 1908.
O talento musical manifestou-se cedo. O pianista Harold Samuel ouviu-o, quando tinha 13 anos, e encorajou os pais a deixá-lo viajar até Londres, para ser seu aluno. Estudou na Escola de Westminster e ingressou no Royal College of Music, em 1924, para estudar composição com Ralph Vaughan Williams. Também estudou composição com Malcolm Sargent.
O primeiro sucesso de Ferguson como compositor, foi a 1ª sonata para violino. Mas, chegou à conclusão que nunca conseguiria ganhar a vida só como compositor. Dedicou-se, então, à música de câmara, formando um trio de piano, violino e violoncelo, em que ele era o pianista. Este trio seria, mais tarde, ampliado para formar o Ensemble Players. Em 1933 compôs, para este Ensemble, a obra que o tornou famoso: o octeto para 2 violinos, viola, violoncelo, baixo, clarinete, fagote e trompa.
Durante a 2ª guerra mundial, Ferguson ajudou Myra Hess a organizar os populares concertos diários na National Gallery, em Londres, para levantar o moral dos ingleses. Entre 1948 e 1963 foi professor de composição na Royal Academy of Music.
Depois de compor "The Dream of the Rood", em 1958-59, Ferguson abandonou a composição, para se dedicar à musicologia. Afirmou que nas poucas obras que escreveu tinha dito tudo o que queria dizer. A sua obra publicada inclui unicamente 20 composições.
Morreu a 31 de Outubro de 1999, com 91 anos, em Cambridge, Inglaterra.

30 - Jean Mouton



Outubro/30

aniversário da morte de
Jean Mouton
(1459?-1522)
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moteto "Nesciens mater"
Conjunto Vocal "Theatre of Voices" / maestro Paul Hillier

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Jean Mouton nasceu em Hollingue, Pas-de-Calais, França, por volta de 1459. Conhecido como Jean de Hollingue, foi o grande polifonista que separou a geração de Josquin, seu professor, da de Willaert, seu aluno e fundador da Escola de Veneza. Foi membro da capela de Luís XII e de Francisco I, cónego em Thérouanne e em Saint-Quentin. Foi famoso pelos seus motetos, que eram dos mais refinados da época. Os registos dos primeiros tempos da sua vida são escassos, como acontece, muitas vezes, com os compositores da Renascença.
Provavelmente o seu primeiro trabalho foi como cantor e professor na Igreja de Nossa Senhora, em Nesle, onde foi mestre de capela, a partir de 1483 e onde foi ordenado padre. Em 1500, tinha a seu cargo o coro dos rapazes da Catedral de Amiens. Em 1509, Mouton era o compositor principal da corte francesa. Durante o resto da sua vida, teve sempre emprego na corte, muitas vezes escrevendo música para ocasiões especiais, como casamentos, coroações, eleições papais, nascimentos e mortes. As suas composições figuravam entre as favoritas do Papa Leão X, que o nomeou notário apostólico. Jean Mouton morreu em Saint-Quentin, França, no dia 30 de Outubro de 1522.

30 - René Jacobs

Outubro/30

aniversário de nascimento de
René Jacobs
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MÚSICA (3min15)
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.final do 3º acto, “Ecco la Marcia”, da ópera “As Bodas de Fígaro”
Concert Koln – maestro René Jacobs
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René Jacobs nasceu a 30.Out. 1946 na belíssima cidade belga de Ghent. E foi na catedral dessa cidade que, criança ainda, descobriu o seu gosto pela música. Não fez mais do que participar do coro da Catedral (onde cantava) até à Universidade. Só depois estudou canto, em Bruxelas e em Haia. Pouco tempo depois era já reconhecido como um dos mais eminentes cantores no seu registo.
Com uma voz do raro – e belo – registo de contratenor, Jacobs apaixonou-se pela música barroca. Depois de dar recitais em toda a Europa, nos E.U.A. e no Extremo Oriente, passou a dirigir grupos vocais. Daí a fazer-se maestro sinfónico foi um pequeno passo. Mas um grande salto: na década e 1990 era já considerado um dos mais importantes maestros da ópera barroca.
Gravou mais de 250 discos. Scarlatti, Gluck, Monteverdi e Mozart foram os compositores que mais vezes interpretou e que lhe valeram prémios de prestígio. Fez gravações consideradas históricas, como “As Bodas de Fígaro” e “Cosi Fan Tutte”, de Mozart.
Dos numerosos prémios que recebeu, destacam-se o “Grand Prix” para a Melhor Actuação Lírica do ano de 1998 e o de Personalidade Musical do Ano em 1999.

29 - Jon Vickers


Outubro/29


aniversário do nascimento de
Jon Vickers
(1926)


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* aria "Son Vane Qui Minacce" da ópera "Medea", de Luigi Cherubini
* tenor Jon Vickers & soprano-Maria Callas
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Luigi Cherubini
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Jonathan Stewart Vickers nasceu em Prince Albert, Saskatchewan, no dia 29 de Outubro de 1926. Foi o sexto, numa família de oito crianças. Em 1950, foi-lhe atribuída uma bolsa de estudo para estudar ópera no Royal Conservatory of Music, em Toronto. Em 1957, juntou-se à companhia da Royal Opera House, Covent Garden, em Londres. Em 1960 passou a fazer parte da Metropolitan Opera, em Nova Iorque.
Ficou famoso interpretando uma grande variedade de papéis, tanto alemães como italianos. Tinha uma voz que cumpria todos os requisitos das óperas wagnerianas, embora a sua filosofia pessoal lhe trouxesse, por vezes, algumas reservas em relação aos personagens de Richard Wagner.
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Jon Vickers também cantou no La Scala, de Milão, e nas principais salas de ópera de Chicago, São Francisco e Salzburgo. Ainda fez filmes para a televisão das óperas Pagliacci e Otello, ambas com o maestro Herbert von Karajan. A 20 de Dezembro de 1968 foi-lhe atribuído o prémio de “Companheiro da Ordem do Canadá”, pelos seus serviços em prol da música. Vickers era um cantor único, que, essencialmente, criou a sua própria categoria vocal para satisfazer as características da sua voz e personalidade únicas: um grande som cuidadosamente controlado, mas capaz de imenso poder e paixão, uma presença em palco dramática e uma preferência por papéis trágicos e apaixonados em vez dos papéis românticos vazios, tão característicos da maioria do repertório tradicional para tenor.

29 - Franco Corelli

Outubro/29
aniversário da morte de
Franco Corelli
(1921-2003)

MÚSICA (5min50)
Otello – VerdiTosca – Puccini
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Franco Corelli morreu faz hoje 5 anos.
Franco Corelli nasceu em 1921, na cidade de Ancona – a mesma cidade em que ele próprio veio a promover, nos últimos anos, um importante concurso internacional de canto, destinado a descobrir e estimular jovens cantores talentosos. Um pouco à imagem do exemplo da sua própria carreira, que apenas quis iniciar depois dos 30 anos, por exigência de um trabalho de aperfeiçoamento da voz que nunca achava completo…
Por esse trabalho muito sério e pelos excepcionais dotes vocais que tinha, Franco Corelli foi reconhecido e aclamado como um dos maiores tenores do séc. XX. Um tenor que tinha tudo para ser o preferido de muitos dos críticos e melómanos do século: voz potentíssima, de agudos claros e fortes, excelentes atractivos físicos, presença de palco carismática.
A aria “Esultate” pertence à ópera “Otello”, de Verdi, considerada por muitos tenores como a mais difícil de cantar. Franco Corelli foi chamado a cantá-la inúmeras vezes, sempre com completo sucesso junto do público.
Mas o compositor preferido de Corelli era Puccini. Com dotes únicos de “casar” a voz com a orquestra, ele deslumbrava todos com a “cor” que dava aos personagens, com a perfeição de harmonia entre a personalidade da voz e o acompanhamento da música.
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* aria “E Lucevam le Stelle”, da ópera “Tosca”, de Puccini
* aria “Esultate”, da ópera “Otello”, de Verdi

28 - J. B. Boismortier

Outubro/28

aniversário da morte de
Josef Bodin de Boismortier
(1689-1755)


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* Giga da Sonata No. 5, em sol menor, op. 26, para 2 fagotes e baixo contínuo
* Concerto em ré maior para fagote, cordas, orquestra e baixo continuo

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Joseph Bodin de Boismortier nasceu a 23 de Dezembro de 1689, em Thionville, França. Mudou-se para Paris em 1724, onde iniciou uma fecunda carreira como compositor.
Publicou 102 obras que abrangeram as mais diversas formas musicais, tanto no campo vocal como instrumental.
A popularidade das obras de Boismortier permitiu-lhe sempre uma certa independência económica, sem ter necessidade de recorrer a patronos, recurso muito utilizado na sua época. Poucas contêm dedicatórias, e, quando estas existem, enfatizam sempre uma estreita relação entre o compositor e a pessoa a quem é dedicada a obra, nunca revelando uma atitude servil ou bajuladora.
Embora tenha composto com o principal objectivo de atingir popularidade rapidamente, o que fez com que Boismortier tenha enriquecido em pouco tempo, as suas obras não são de menosprezar. Um teórico musical da época, escreveu, em tom de crítica: "Contente anda o Boismortier, cuja caneta fértil consegue dar à luz, sem dor, uma peça de música por mês". A tal crítica, consta que Boismortier simplesmente respondeu: "Estou a ganhar dinheiro...".
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Recentemente, a obra de Boismortier tem vindo a ser redescoberta e as suas composições de câmara são de tal nível e em tal quantidade que lhe têm valido a alcunha de "Telemann francês". Tal como o seu colega alemão, Boismortier conhecia, a fundo, os instrumentos para os quais compunha e o seu texto musical é sempre fluente e equilibrado. Invejado por uns, odiado por outros e amado por outros tantos, Boismortier morreu em Paris, a 28 de Outubro de 1755.

27 - Vanessa-Mae

Outubro/27



aniversário do nascimento de
Vanessa-Mae
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MÚSICA (8min31)
Romance n#2, Fá MaiorLudwig van Beethoven
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Completa hoje 30 anos a artista mais rica do Reino Unido. Uma menina irreverente, controversa, mas muito talentosa.

Vanessa-Mae nasceu em Singapura, mas cresceu em Londres e tem actualmente nacionalidade britânica, talvez em resultado do 2º casamento de sua mãe com inglês. A mãe, diga-se, além de advogada era pianista clássica.
Vanessa-Mae (que ao nascer se chamou Chen Mei Vanakorn) começou a tocar piano aos 3 anos de idade. E aos 5 já tocava violino. Parece que nada mal…
Brilhou na televisão inglesa, enquanto criança, interpretando no violino música clássica com um raro virtuosismo. Na adolescência rompeu com os “bons conselhos” dos pais e, com uma postura sensual e roupa ousadamente sexy, passou a misturar música erudita com pop, jazz, rock e outros ritmos modernos. Mas não esqueceu de todo os compositores intemporais, como Tchaikovsky ou Beethoven…
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Bach ------------------------- Paganini ----------------- …e algo diferente
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27 - Helmut Walcha

Outubro/27

aniversário do nascimento de
Helmut Walcha
(1907-1991)


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Prelúdio e Fuga nº 1, BWV 846, de "O cravo bem temperado"
Johann Sebastian Bach
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Arthur Emil Helmut Walcha nasceu no dia 27 de Outubro de 1907, em Leipzig, na Alemanha. Especializou-se nas obras dos mestres do barroco alemão e é conhecido pelas suas gravações das obras integrais, para órgão, de Johann Sebastian Bach. Walcha ficou cego aos 16 anos, depois de ter sido vacinado contra a varíola. Apesar da sua deficiência, deu entrada no Conservatório de Leipzig. Como era cego, aprendia novas peças, pedindo a outros músicos (entre os quais a sua mulher e a sua mãe) que as tocassem quatro vezes: cada mão separadamente, depois a parte do pedal e, por fim, a peça complete. As interpretações de Helmut Walcha fixaram novos padrões que, segundo alguns críticos, ainda não foram ultrapassados.
Walcha também compôs para o órgão. Publicou quatro volumes de prelúdios corais originais. Fez, ainda, transcrições para este instrumento de obras orquestrais de outros compositores. Ensinou muitos organistas americanos relevantes, os quais se tornaram grandes professores e intérpretes. Helmut Walcha gravou, ainda, a maioria das obras para cravo, de Joahnn Sebastian Bach. Dizia que “Bach abre uma visão para o universo. Depois de o experimentar as pessoas pensam que, apesar de tudo, a vida tem significado”.
Walcha morreu em Frankfurt, a 11 de Agosto de 1991.

26 - Domenico Scarlatti

Outubro/26

aniversário de nascimento de
Domenico Scarlatti
(1685-1757)
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MÚSICA (4min17)
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No mesmo ano em que nasceram Bach e Haendel, nasceu em Nápoles Domenico Scarlatti. Filho do também compositor Alessandro Scarlatti, que de resto foi o seu primeiro professor de música, foi Maestro di Capella da rainha da Polónia (para quem compôs várias óperas) e teve a sua vida muito ligada a Portugal e a Espanha.
Scarlatti, que José Saramago fez personagem do seu “Memorial do Convento”, veio para a corte portuguesa em 1720 e foi encarregado de ensinar a filha mais velha do rei D. João V, Maria Bárbara. Partiu nove anos depois para Espanha, acompanhando a princesa que foi casar com o herdeiro da coroa espanhola – e passou o resto da vida em Madrid.
Em Espanha compôs algumas das suas principais obras. As suas sonatas testemunham a extraordinária capacidade de composição e de execução que fizeram dele um dos mais virtuosos cravistas do chamado barroco tardio e uma das maiores influências do classicismo. A técnica de cruzar as mãos no teclado abriu portas decisivas no domínio da interpretação dos instrumentos de tecla.
Em 1709 propuseram a Scarlatti uma competição com Haendel – e o virtuosismo era de tal modo característica de ambos que o concurso terminou com um empate. O virtuosismo que levou um ouvinte de Scarlatti em concerto afirmar que dentro do cravo se encontravam mil diabos, tal era a chama que saía daquele génio.
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* Fandango em Ré maior, para Cravo
.. cravista Mayako Soné

25 - Johann Strauss Jr.

Outubro/25

aniversário de nascimento de
Johann Strauss Jr.
(1825-1899)
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MÚSICA ( 8min44)
. Vida de Artista (valsa)
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A 25.Out.1825 uma família de reis ganhou um imperador – e em Viena nasceu um dos mais famosos e populares compositores da música clássica.
Nesse dia 25 de Outubro, Johann Strauss, que na capital austríaca já se notabilizava como músico, passou a ser pai. Deu ao seu primeiro filho o mesmo nome que era o seu: Johann. Os Strauss passaram a ter o Johann Strauss Filho, um garoto que se interessou sobremaneira pela música. A tal ponto que aos 6 anos compôs a sua primeira valsa e, embora só tenha podido estudar música quando o pai abandonou a família (tinha ele 17 anos) antes de atingir a maioridade já dirigia a sua própria orquestra.
Se a família Strauss ganhou o título de “reis da valsa”, Johann Strauss Filho superou a popularidade de seu pai e do irmão Joseph, com as suas operetas e também com as mais célebres de todas as valsas vienenses: A sua música animou não só os salões de baile de Viena, mas praticamente todo o mundo civilizado. O Belo Danúbio Azul, a Valsa do Imperador, Vozes da Primavera ou Rosas do Sul foram, a par de muitas outras valsas, os títulos do que foi uma verdadeira Vida de Artista.

24 - David Oistrakh

Outubro/24
aniversário da morte de
David Oistrakh
(1908-1974)

UMA GRAVAÇÃO HISTÓRICA
free music
Violino: David Oistakh
Violoncelo: M. Rostropovich
Piano: Sviatoslav Richter
Orquestra Filarmónica de Berlim / Herbert von Karajan
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David Fiodorovich Oistrakh nasceu em Odessa, a 24.Out.1908 e viveu até 1974, ano em que morreu na cidade de Amsterdão.
É justamente considerado um dos mais importantes intérpretes do violino do séc.XX – tão importante que ficou conhecido como “o rei David”.
Ilustres contemporâneos seus , casos de Khachaturian e Shostakovich dedicaram-lhe os seus concertos para violino; e Prokofiev fez para ele um arranjo da sua sonata para flauta, convertendo-a na segunda sonata para violino e piano.
Tendo iniciado os seus estudos musicais aos 5 anos, David Oistrakh obteve a formatura no Conservatório de Odessa em 1926 (tinha então 18 anos) e debutou como concertista em 1933, em Moscovo. A partir de 1934 repartiu a sua actividade musical de prestigiado profesor, director de orquestra e concertista de afanosas tournées, que começaram pelas diversas repúblicas da então União Soviética.
Em 1937, David Oistrakh ganhou em Bruxelas o 1º prémio de interpretação do Concurso Rainha Isabel. Desde então, o seu impecável estilo e a sua técnica perfeita colocaram-no entre os maiores intérpretes do violino em todo o mundo. A partir de 1951 fez intermináveis digressões pela Europa e pela América, com a maior admiração de todos os críticos.
Gravou discos interpretando as mais importantes obras para violino e com as melhores orquestras. Foi considerada insuperável a gravação do Concerto para 2 Violinos, em Ré menor, de Bach, que fez com seu filho Igor Davidovich. E ficou célebre a gravação que fez, numa autêntica equipa de luxo (com o pianista Sviatoslav Richter, o violoncelista Mstislav Rostropovich e o maestro Herbert von Karajan) do Triplo Concerto de Beethoven.

24 - Franz Lehár

Outubro/24

aniversário da morte de
Franz Lehar
(1870-1948)
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MÚSICA (3min27)
Franz LehárA Viuva Alegre
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Dia 24 de Outubro, ano 1948. Morre Franz Lehar, compositor que muitos consideram o “pai” da opereta, um dos expoentes máximos da música festiva austríaca do séc. XX.
Franz Lehar, que viveu entre 1870 e 1948, era austríaco de ascendência húngara. Essa dupla raiz cultural influenciou a principal “traça” da sua música: as suas composições combinam a graça vienense com o folclore eslavo, havendo nas suas últimas obras uma aproximação à ópera bufa e à comédia musical.
Lehar começou a sua carreira como violinista e director de bandas militares, em Trieste, Budapeste e Viena. Compôs sonatas, poemas sinfónicos e marchas – mas ficou na História como um dos maiores compositores da Áustria, sobretudo, pelas suas operetas – cujas canções se tornaram verdadeiros clássicos. A mais célebre é, sem dúvida, “A Viuva Alegre”.
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* "Heure exquise qui nous grise" da opereta "A Viúva Alegre"
.. tenor André Dassary – soprano Mado Robin
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23 - Robert Merrill

Outubro/23
aniversário da morte de
Robert Merrill
(1917-2004)
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MÚSICA (4min47)
Os Pescadores de PérolasGeorges Bizet
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Faz hoje anos, era sábado, os jornais americanos hoje diziam na 1ª página: Robert Merril, um dos maiores barítonos da ópera, morreu hoje.
Amigos e familiares deram a saber à imprensa que Robert Merrill falecera na sua casa de Nova Iorque. Não havia era acordo quanto à idade do famoso cantor: 85 anos, diziam uns; 87, afiançavam outros.
Pensa-se que terá nascido em 1917 (4 de Junho de 1917) o filho de pobres imigrantes judeus baptizado como Moishe Miller em Brooklyn.
Cresceu a apreciar a música que a mãe cantava, mas viria a ser jogador profissional de baseball.
Um dia, ainda jovem, viu o barítono Richard Bonelli cantar “O Trovador” de Verdi no Metropolitan. Decidiu que seria cantor – e fez-se um dos mais reconhecidos barítonos do séc. XX.
Cantou no Metropolitan durante 31 épocas consecutivas, interpretando quase todos os papéis que para o seu timbre de voz contavam do repertório da ópera. Não se eximiu a cantar música pop – como Frank Sinatra, por exemplo. Na música erudita, foi convocado e convidado por grandes maestros. E solista dilecto do maestro Leonard Bernstein.
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* Dueto de "Os Pescadores de Pérolas", de Georges Bizet
. Tenor Jussi Bjorling
. Barítono Robert Merrill

22 - Nadia Boulanger

Outubro/22
aniversário da morte de
Nadia Boulanger

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Valsas, op. 39, n°1,2,5,6,10,14,15, para piano a 4 mãos, de Johannes Brahms
Pianistas Dinu Lipatti e Nadia Boulanger
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Nadia Juliette Boulanger nasceu a 16 de Setembro de 1887. Compositora francesa e maestrina, foi professora de diversos compositores de grande relevância no século XX. Tornou-se professora no Conservatório Americano de Música em Fontainebleau em 1921 e, a partir de 1950, foi directora do conservatório. A sua actividade como professora foi aquela que mais profundamente marcou a cena musical do século XX. Nadia Boulanger teve como alunos, entre muitos outros, Daniel Barenboim, Elliott Carter, Aaron Copland, John Eliot Gardiner, Philip Glass, Dinu Lipatti, Astor Piazolla, Walter Piston. É uma lista impressionante e o melhor testemunho da sua grandeza.
Deve-se-lhe a primeira interpretação em Londres do Requiem de Fauré, em 1936. Apenas em 1948 viria a gravar essa obra em disco. Foi uma das poucas gravações que fez. Não há muitos discos por onde escolher.
Durante a 2ª guerra mundial morou nos Estados Unidos e leccionou no Radcliffe College, Wellesey College e na Juilliard School. Regresssou a França em 1946, assumindo a cadeira de acompanhamento no Conservatório de Paris e, depois de assumir a direcção do Conservatório de Fontainebleau em 1950, dedica-se a dar aulas particulares.
Faleceu a 22 de Outubro de 1979.

22 - Liszt

Outubro/22

aniversário de nascimento de
Franz Liszt
(1811-1886)

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MÚSICA (4min55)
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* Estudo Transcendental # 6 - Tema e Variações
. Pianista Marc-André Hamelin
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Faz hoje anos Franz Liszt, o supra-sumo do piano. Nasceu húngaro, na Boémia, a 22.Out.1811.

Começou jovem a deslumbrar todos, incluindo Beethoven e Schubert. Destroçou corações de senhoras nobres, que por ele abandonaram os maridos. Viu casar uma sua filha com o prodigioso e controverso Richard Wagner. Ensinou ilustres alunos e ajudou generosamente músicos famosos. Donizetti, Berlioz, Schumann, Wagner e Verdi são apenas os mais conhecidos nomes de grandes músicos que Liszt ensinou, ou apoiou, ou influenciou. Aluno muito encorajado e elogiado por ele foi também Viana da Motta, nome dos maiores da História da Música em Portugal.

Mas a História recorda Liszt, acima de tudo, como virtuoso pianista e genial compositor. Ele fez no piano o que Paganini tinha feito com o violino: levou a execução do instrumento ao extremo do virtuosismo e compôs peças e obras pianísticas que continuam a ser as de mais difícil execução.
Todos os grandes pianistas percebem que atingiram a maturidade quando se “atrevem” a música de Liszt… peças como os apurados Estudos Transcendentais para piano…
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Franz Liszt, compositor e pianista húngaro do Romantismo, nasceu em Raiding, Boémia a 22 de Outubro de 1811. Liszt foi famoso pela genialidade da sua obra, pelas suas revoluções ao estilo musical da época e por ter elevado o virtuosismo pianístico a níveis nunca antes imaginados. Ainda hoje é considerado um dos maiores pianistas de todos os tempos, em especial pela contribuição que deu ao desenvolvimento da técnica do instrumento. O seu talento precoce ao piano surpreendeu a nobreza local. Ao tentar entrar para o conservatório de Paris, foi impedido pelo director "por ser estrangeiro". O director era o italiano Luigi Cherubinni. Sem se abater, estuda com professores particulares. Foi para Viena, a fim de aperfeiçoar os seus conhecimentos. Estudou com Antonio Salieri e Carl Czerny, este último, por sua vez, aluno de Beethoven.
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Liszt decide ficar em Paris, onde se destaca o seu talento como virtuoso. A sua técnica ao piano é insuperável. Executa, à primeira vista, partituras dificílimas. As suas próprias músicas são também de extrema dificuldade. Em pouco tempo, torna-se presença constante nos meios artísticos e intelectuais da cidade-luz. Entre os seus amigos encontramos Chopin, Berlioz, Schumann, Victor Hugo, Lamartine, e outros grandes nomes do movimento Romântico, do qual Liszt é um dos expoentes máximos.
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Liszt dava concertos para todas as audiências e não só para reis, rainhas e aristocracia. Deve-se a ele a prática de levar a música ao público em geral. Por esse motivo, alguns críticos condenaram-no desde o início. É interessante como alguns intelectuais não compreendiam a complexidade das suas obras, descartando-as, à partida, alegando que uma só pessoa não podia ser, ao mesmo tempo, um grande intérprete e um grande compositor. Liszt não conseguia ganhar com estas mentes mesquinhas. Em geral, os críticos adoravam a sua interpretação e técnica, mas desprezavam as suas composições.
Franz Liszt faleceu em Bayreuth, no dia 31 de Julho de 1886.

21 - Sir Georg Solti


Outubro/21
aniversário de nascimento de
Sir Georg Solti
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"Quadros de uma Exposição" (final), de Moussorgsky
Orquestra Sinfónica de Chicago
Maestro Sir Georg Solti

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Georg Solti nasceu na cidade de Budapeste, Hungria, a 21 de Outubro de 1912, com o nome de György Stern. Mais tarde, assumiu a cidadania inglesa, tendo-lhe sido concedido o título de "sir" pela rainha Isabel.
Foi o maestro responsável pela primeira gravação discográfica, em sistema stereo, do ciclo “O Anel dos Nibelungos” de Richard Wagner, interpretação esta que contou com a participação de eminentes cantores wagnerianos, com a Orquestra Filarmónica de Viena. Foi director artístico da Royal Opera House, Covent Garden e da Orquestra Sinfónica de Chicago. Foi um intérprete aclamado das várias obras wagnerianas, bem como do repertório mozartiano
Nascido numa família judia, Sir Georg Solti conviveu com o compositor húngaro Béla Bartók, foi aluno de Zoltán Kodály, trabalhou com o compositor alemão Richard Strauss e tornou-se, em 1937, assistente do maestro italiano Arturo Toscanini.
No dia 5 de Setembro de 1997,o tenor Luciano Pavarotti entrou na abadia de Westminster, onde se realizavam as exéquias da princesa Diana, exibindo uma expressão de choque. Não era por causa da princesa. Tinha acabado de receber a notícia da morte de Solti. A imprensa só resumidamente noticiou a morte do maestro, dedicando a maior parte do espaço à morte da princesa Diana. No entanto, nas gerações do séc XXI e nas vindouras poucos saberão da existência da princesa romântica, mas continuará sempre a falar-se de Sir Georg Solti.

20 - Kol Nidrei (Bruch)

Outubro/20
Estreia de "Kol Nidrei"Max Bruch
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.Kol Nidrei (2ª parte) - Adagio sobre melodias judaicas, Op. 47
violoncelista Teodora Miteva
Orquestra de Mulheres da Filarmónica de Viena, sob a direcção da maestrina Izabella Shareyko

.A 20 de Outubro de 1883 estreou em Liverpool a obra Kol Nidrei, de Max Bruch,
Max Christian Friedrich Bruch nasceu em Colónia, na Alemanha, a 6 de Janeiro de 1838. Foi um compositor e maestro da época romântica.
Desde pequeno Bruch já mostrava que tinha talento para a música e, aos 11 anos, já tinha composto algumas obras que eram interpretados em público. Em 1852, quando tinha somente 16 anos de idade, compôs a sua primeira sinfonia e um quarteto para cordas, que lhe valeu um prémio da Fundação Mozart, em Frankfurt e uma bolsa de estudos. Depois de terminar os estudos, desempenhou vários cargos tais como professor de música, maestro e director de orquestra.
.Nos dez últimos anos da sua vida, que terminou, em Berlim, a 2 de Outubro de 1920, Bruch renunciou a todas as suas funções e dedicou-se inteiramente à composição. Entre as suas obras mais importantes estão os concertos e a "Fantasia Escocesa", para violino e orquestra, as Danças Suecas e as Variações sobre Kol Nidrei, para violoncelo e orquestra, baseadas em melodias judaicas.
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Gravação histórica (por ser parte do único CD que conhecemos disponível) da extraordinária lenda portuguesa do violoncelo mundial Guilhermina Suggia:
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Kol Nidrei (excerto da 1ª parte)

19 - Jacqueline du Pré

Outubro/19

Jacqueline du Pré
20 anos depois da vida
(1945-1987)
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MÚSICA (8min40)
Robert SchumannConcerto Op.29
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Faz hoje anos, morreu Jacqueline du Pré. No dia 19.Out.1987 chegou ao fim uma vida com um percurso único – na dimensão da glória a que chegou, como na da tragédia com que prematuramente acabou.

Jacqueline Mary du Pré nasceu em 1945, em Oxford, mas muito cedo foi estudar para Londres. É que, habituada a ouvir a mãe tocar piano, quando tinha 4 anos pediu um violoncelo. Aos 5 anos começou a tocar e aos 6 entrou na escola de violoncelo de Londres. Mas não abrandou a escalada do seu raro talento: aos 10 anos foi admitida na escola Guildhall de música e aos 11 ganhou o Prémio Suggia, um conceituado prémio internacional aberto a concorrentes maiores de 21 anos.
Conquistando importantes prémios em cada ano que passava, terminou a escola em 1960. A Guildhall atribuíu-lhe então a medalha de ouro da escola. E no ano seguinte recebeu uma oferta curiosa: um anónimo doou-lhe um violoncelo Stradivarius de 1672, avaliado em cerca de 3 milhões de dólares. Tinha apenas 15 anos. A intensidade e o virtuosismo com que tocava atraíram a atenção da Europa e da América, onde encheu as maiores salas de concerto e provocou a apaixonada admiração dos públicos mais exigentes.
Entre os músicos, Jacqueline du Pré foi imediatamente respeitada e reconhecida. Em 1966 viajou para Moscovo, para estudar com Rostropovich. No ano seguinte casou com o pianista e maestro Daniel Barenboim. Gravou numerosos discos, com uma mística interpretativa que fez dela a única violoncelista comparável à lenda que no início do século tinha sido a portuguesa Guilhermina Suggia.
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Mas em 1971, com a carreira no auge, Jacqueline começou a sentir dificuldades no movimento das mãos. Foi-lhe diagnosticada esclerose múltipla. Aos 26 anos teve de abandonar o violoncelo, pela força da doença que traria a morte precoce e injusta.
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* 3º and. do Concerto em Lá m. op. 129, para Violoncelo e Orquestra, de Schumann
. interpretado pela violoncelista Jacqueline du Pré
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O Espírito de Du Pré ---------------------- Concerto de Elgar ----------- Concerto #1 de Haydn (adagio)

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5 Trutas (D. Baremboim, I Perlman, P. Zukerman, Du Pré, Z. Metta)
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18 - Charles Gounod

Outubro/18
Aniversário da morte de
Charles Gounod

(1818-1893)
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Macha Fúnebre para uma Marioneta

MÚSICA(4min05)

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Lembramos o compositor Charles Gounod, cuja morte ocorreu num dia 18 de Outubro, como hoje.
Charles Gounod nasceu em Paris e viveu entre 1818 e 1893.
Estudou música desde muito jovem e aos 21 anos ganhou um importante prémio para jovens compositores, que lhe valeu uma bolsa de estudos em Itália.
Os ares de Itália fizeram mudar o jovem Gounod: entrou em contacto com a música polifónica do séc. XVI e, por influência disso ou não, tomou-se de preocupações místicas. Sobre um prelúdio de Bach compôs a Avé Maria que o imortalizou. E foi mais longe: chegou a pensar em ser sacerdote…
Compôs muita música religiosa. Mas foi principalmente pela música de ópera que se tornou célebre. A par de “Fausto” (a sua obra-prima) as óperas Sapho, A Rainha do Saba, Mireille e Romeu e Julieta alcançaram grande sucesso e continuam a ser muito interpretadas.
Além disso, escreveu numerosas melodias, canções e pequenas peças. Como esta que reproduzimos hoje, que os filmes de curta metragem de Alfred Hitchcock tanto divulgaram no cinema e na televisão.

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Coro dos Soldados (Fausto)
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17 - Chopin

Outubro/17
Aniversário da morte de
Fryderyc Chopin

(1810-1849)
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MÚSICA (4min29)
Nocturno op.9 nº2Maria João Pires
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17 de Outubro é a data da morte de Chopin. A esse propósito lembramos a música do incomparável mestre do piano.

Frédéric Chopin viveu entre 1810 e 1849. Nasceu na Polónia, perto da capital Varsóvia, mas quando tinha 21 anos mudou-se para Paris e lá viveu uma importante parte da sua curta vida.
Foi na sua época muito reconhecido como pianista, mas o séc. XIX não deu a devida atenção às suas composições. Antes dele, houvera as sonatas e os concertos de Beethoven, e depois sucederam-lhe as imponentes obras para piano de Brahms e outros pós-românticos.
Generalizou-se a opinião de que Chopin tinha sido um compositor de peças para piano bonitas mas triviais… utilizadas como música de salão.
Mas o séc. XX fez a justiça de reconhecer Chopin como expansora do universo harmónico e formal. A força, o brilho e a poesia da sua música tornaram-se uma verdadeira adoração para os mais notáveis pianistas.
Um dos mais exaustivos e consagrados cultores da grande música de Chopin foi o pianista Arthur Rubinstein. É deste pianista, também polaco de nascimento, a interpretação do Concerto para Piano e Orquestra nº 1, em Mi menor, op. 11 reproduzida na edição radiofónica do PmqP de hoje.

Chopin estava a caminho de Paris quando recebeu a notícia de que tinha fracassado o levantamento de 1830, pela restauração da independência da Polónia. Regressar ao seu adorado país tornou-se uma ideia distante, se não impossível.
Em Paris, bem longe dos paradisíacos jardins de sua casa de Zelazowa Wola, teve a sua vida social, os seus turbulentos amores e a inspiração para a maioria das suas obras para piano. Até que a tuberculose lhe trouxe a morte, com apenas 39 anos, compôs peças para piano solo com extraordinária riqueza – baladas, scherzos, mazurcas, estudos, valsas, prelúdios, polonaises e nocturnos.
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Polonaise “Heróica” / Rubinstein -------- Sonata nº 2, Op. 35, nº 3 / Horowitz -------- Estudo 0p.10 nº2 / Pollini
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Fryderyk Franciszek Chopin nasceu a 1 de Março de 1810 na aldeia de Żelazowa Wola, Ducado de Varsóvia, filho de mãe polaca e de pai francês-expatriado. O jovem Chopin recebeu as suas primeiras aulas de piano da sua irmã mais velha, Ludwika, e foi, posteriormente, ensinado pela mãe. O seu talento musical manifestou-se imediatamente, ganhando, em Varsóvia, a reputação de "segundo Mozart". Aos sete anos já era autor de duas polacas. Apareceu pela primeira vez em público, como pianista, aos oito anos de idade.

Aclamado na sua terra natal como uma criança prodígio, aos vinte anos Chopin deixou a Polónia para sempre. Em Paris, fez carreira como intérprete, professor e compositor, e adoptou a versão francesa dada ao seu nome, Frédéric-François Chopin. De 1837 a 1847 teve uma relação turbulenta com a escritora francesa George Sand. Sempre com a saúde frágil, morreu em Paris aos 39 anos, vítima de tuberculose. No seu funeral, a que assistiram cerca de 3 mil pessoas, junto ao túmulo, foi tocada uma versão instrumental da célebre “Marcha Fúnebre”.

17 - Johann N. Hummel

Outubro/17

aniversário da morte de
Johann Nepomuk Hummel
(1778-1837)
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MÚSICA (06min03)
Septeto MilitarPianista Catherine Edwards .
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Hummel morreu no dia 17.Out.1837. Tinha nascido 59 anos antes (ou seja em 1778) na cidade que hoje se chama Bratislava e que na sua época era território austríaco.
O pai era director da Escola Imperial de Música Militar e regente da Orquestra do Teatro de Schikaneder – o que terá facilitado que o pequeno Johann aos 8 anos revelasse já um talento musical que impressionou Mozart, a ponto de o hospedar em sua casa e lhe dar lições de música durante 2 anos
Foi mais tarde aluno de outro proeminente músico, Joseph Haydn – e não terá sido dos piores alunos. Haydn, que então tinha outro aluno que viria a ser famoso (nada menos que Beethoven) chegou mesmo a compor uma sonata expressamente para Hummel, a quem reconhecia uma extraordinária técnica pianística.
Foi também amigo de Schubert, além do seu condiscípulo Beethoven. E foi inovador e ambicioso no desenvolvimento de uma aprimorada técnica de piano – que veio a influenciar músicos tão destacados como Liszt, Chopin e Schumann.

* 4º e último andamento do Septeto nº 2, em Dó Maior, op. 114 - 'Septeto Militar'
. Pianista Catherine Edwards
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15 - Cole Porter



Outubro/15

aniversário da morte de
Cole Porter
(1891-1964)

Cole Albert Porter nasceu a 9 de Junho em Peru, no estado de Indiana.
A mãe iniciou-o no estudo musical desde tenra idade: aprendeu violino aos seis anos, piano aos oito e escreveu a primeira opereta (com o auxílio da mãe) aos 10. A mãe chegou a alterar a sua data de nascimento de 1891 para 1893, para fazê-lo parecer mais precoce.
O avô queria que o garoto se tornasse advogado e, pensando nessa carreira, enviou-o para a Academia de Worcester em 1905 e depois para a Universidade de Yale em 1909.
Em 1937, num acidente de cavalo, partiu as duas pernas e ficou com dores crónicas, severamente incapacitado. Após uma série de úlceras e 34 operações, a perna direita teve de ser amputada e substituída por uma prótese mecânica, em 1958.
Cole Porter morreu de insuficiência renal, no dia 15 de Outubro de 1964, aos 73 anos, em Santa Monica, Califórnia. O seu trabalho inclui, entre muitas outras obras, as comédias musicais “Kiss Me, Kate” e “Anything Goes”, as canções “I Get a Kick Out of You”, “I've Got You Under My Skin” e um dos seus maiores sucessos “Night and Day".

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Night and Day / Ella Fitzgerald --------------- Night and Day / Aster & Rogers -------- I’ve got you under my skin / Sinatra
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15 - Karl Richter

Outubro/15

aniversário do nascimento de
Karl Richter
(1926-1981)
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MÚSICA (5min44)
Orfeu e EurídiceCristoph W. Gluck
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O Pretérito Mais-Que-Perfeito lembra hoje Karl Richter, que nasceu no dia 15.Out.1926.

Karl Richter, que nasceu perto de Dresden, na Alemanha oriental, foi maestro, organista e cravista. Começou a sua carreira de músico como organista da Igreja de São Tomás, em Leipzig, precisamente onde Johann Sebastian Bach tinha sido Director Musical, 200 anos antes.
Por influência disso ou não, viria a tornar-se célebre, sobretudo, pelas suas interpretações da música de Bach.
E na verdade, tendo dirigido e arranjado um vasto leque de estilos musicais, Karl Richter notabilizou-se pela sua muito característica forma de interpretar os compositores do Barroco, rejeitando as flutuações do tempo que por força do gosto dos românticos eram correntes no modo de ler Bach, mas sem com isso se limitar a uma rígida autenticidade histórica das interpretações e preferindo o uso dos modernos instrumentos.

* Christoph Willibald Gluck
. Abertura da ópera “Orfeu e Eurídice” e “Dança dos Espíritos Abençoados”, da mesma ópera.
.. Orquestra Bach de Munique / maestro Karl Richter
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14 - Emil Gilels / piano


Outubro/14.
aniversário da morte de
Emil Gilels
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Brahms - Variações Paganini, Livro 1
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Emil Gilels nasceu em Odessa a 19.Out.1916; e morreu em Moscovo, a 14 de Outubro de 1985.
Gilels, que estudou piano desde os seis anos e logo aos 16 ganhou o Concurso de Piano da União Soviética, ficou na História como um dos mais brilhantes executantes do seu instrumento, senhor de um domínio técnico extraordinário e de um apurado controlo da tonalidade do piano.
O repertório de Gilels é imenso: destacou-se sobretudo pelo rigor com que tocava Schumann, Brahms e Beethoven, mas foi um exímio intérprete das difíceis obras de contemporâneos como Prokofiev e Stravinsky, e conhecia em pormenor os grandes do Barroco, como Scarlatti e Bach.
Professor considerado nos consevatórios de Odessa e de Moscovo, Emil Gilels foi aclamado sem reservas na União Soviética. Ganhou o Prémio Stalin em 1946, o Prémio Lenine em 1962 e o Prémio da Ordem de Lenine em 1961 e 1966.
Foi o primeiro artista soviético a ter permissão de fazer digressão no Ocidente.
Em 1947 viajou pela Europa e em 1955 fez a sua primeira apresentação na América.
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Tchaikovsky - Concerto nº 1
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13 - Luis Freitas Branco

Outubro/13

nascimento de
Luis de Freitas Branco
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Luis de Freitas Branco nasceu no dia 12.Out.1890 e foi, segundo a autorizada voz de Joly Braga Santos, “a mais elevada personalidade da sua geração e uma das maiores da música portuguesa”.
Luis de Freitas Branco, que depois de estudar com Tomás Borba na adolescência partiu para Berlim em 1910, colheu as novas ideias musicais das escolas alemã, francesa e italiana e foi o principal obreiro da introdução do modernismo em, Portugal.
Mas, apesar de o poema sinfónico Paraísos Artificiais, primeira obra do modernismo português, ter nítidas inspirações em Debussy e Ravel, Luis de Freitas Branco, cedo se dedicou com profundidade à música portuguesa. O seu interesse pela música da Renascença foi a principal razão da atenção que passou a dar-se a Carlos Seixas e aos polifonistas portugueses dos séc.s XV e XVI. E na Suite Alentejana que vamos ouvir explora a nota popular do folclore tradicional orquestrado de forma magistral.

12 - Luciano Pavarotti

OUTUBRO/12
“CARUSO”, DE LUCIO DALLA
CANTADO POR
Luciano Pavarotti
(1935-2007)
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MÚSICA (5min28)

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.* canção “Caruso”, de Lucio Dalla
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Por todas as razões, este é um programa especial. É que Pavarotti, “o tenor do século”, ou “o maior tenor do mundo depois do desaparecimento do grande Caruso”, nasceu a 12 de Outubro.
Luciano Pavarotti nasceu em Modena, no norte de Itália – e foi essa cidade que escolheu para passar os seus últimos dias.
Estudou para ser professor e foi essa a profissão que abraçou até 1961, só então tendo optado pela carreira de cantor.
A interpretação da ópera “La Bohème”, de Puccini, no Teatro de Reggia Emilia proporcionou-lhe um sucesso que rapidamente o tornou muito requisitado fora da Itália.
Desde os primeiros tempos de carreira que Pavarotti foi reconhecido como dono de uma voz única, de extensão extraordinária, de expressão e sensibilidade dramática apuradíssimas. O seu sucesso teve assento em todos os grandes palcos do mundo. Nos últimos anos, limitou as suas actuações a cem concertos por ano, mas teve tempo para contracenar com quase todas as maiores divas do seu tempo, de Montserrat Caballé a Kiri Te Kanawa, a Joan Suttherland.
A disponibilidade e o companheirismo com que contracenou com companheiros de ofício foi outra das características marcantes de Pavarotti. Entregou-se com a mesma seriedade e o mesmo empenho ao célebre trio que formou com Plácido Domingo e José Carreras, como aos duetos com cantores rock e pop (como Joe Cocker ou Mariah Carey), quase sempre para dar suporte a causas humanitárias.
Já doente, em 2004 empreendeu uma digressão mundial de despedida – que só foi interrompida pelo agravamento da doença que lhe trouxe a morte. Deixou como legado as mais sublimes interpretações de “La Bohème” (a sua ópera preferida), mas também da ópera de Donizetti, Bellini, Rossini, Verdi… E não sabemos quanto tempo terá o mundo de esperar para ouvir uma semelhante força nas canções napolitanas, nas famosas “avé-marias” e em quantas outros desafios do canto.
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11 - Anton Bruckner

Outubro/11

aniversário da morte de
Anton Bruckner
(1824-1896)
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MÚSICA (5min20)
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O Pretérito Mais-Que-Perfeito lembra hoje o compositor austríaco Anton Bruckner – cuja morte ocorreu faz hoje 111 anos.
Anton Bruckner, que nasceu em Ansfelden, uma pequena cidade junto de Linz, viveu entre 1824 e 1896 – portanto em pleno período romântico.
Foi um conceituado organista e professor no Conservatório de Viena, mas ficou conhecido principalmente como compositor. Célebre pelas suas sinfonias, era um devoto católico, o que terá influenciado também a quantidade e a qualidade das missas e peças sacras que compôs.
Amigo pessoal de Richard Wagner e contemporâneo de Brahms (que era nove anos mais novo e morreu no mesmo ano) Bruckner continuou as tradições sinfónicas austro-germânicas, conseguindo várias sinfonias de grande riqueza orquestral, sobretudo graças a apuradas técnicas de composição e de improviso formal – em boa parte influenciadas pela sua mestria de organista.
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* Sinfonia # 4, m Mi bemol Maior, “Romântica” (1º andamento – abertura)
.. Orquestra Filarmónica de Berlim / Maestro Eugen Jochum

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10 - Evgeny Kissin

Outubro/10

aniversário de nascimento de
Evgeny Kissin
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MÚSICA ( 9min54)
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Faz hoje anos um homem que parece ter nascido a tocar piano.

Evgeny Kissin nasceu em Moscovo em 1971. Começou a tocar e a improvisar ao piano aos dois anos de idade e aos seis ingressou na Escola de Música Gnessin para alunos sobredotados, em Moscovo. Estreou-se em público aos dez anos, interpretando então o Concerto K.466 de Mozart, com a Orquestra de Ulyanovsky. Em Março de 1984 cativou pela primeira vez a atenção internacional, quando interpretou os dois Concertos para Piano de Chopin, na Grande Sala do Conservatório de Moscovo, com a Orquestra Filarmónica de Moscovo.
O extraordinário virtuosismo e as intensas interpretações de Evgeny Kissin colocaram-no num lugar proeminente entre os pianistas da sua geração. Colaborou com as mais importantes orquestras e maestros de renome internacional, realizando frequentes digressões de concertos e recitais nos Estados Unidos da América, no Japão e na Europa

* Balada #1, em Sol menor, Op. 23, de Frederic Chopin

9 - C. Saint-Saens

Outubro/9

aniversário do nascimento de
Camille Saint-Saens
(1835-1921)
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MÚSICA (8min27)
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Camille Saint-Saens, que nasceu em Paris a 9.Out.1835, viveu até 1921, ano em que morreu em Argel.
Não lhe foi fácil começar a vida e não lhe teria sido fácil singrar, não fosse o enorme talento musical que manifestou desde que nasceu. Perdeu o pai quando tinha apenas 4 meses de idade, mas bastaram-lhe as lições da mãe e de uma tia para que aos seis anos desse o primeiro concerto público e aos 13 começasse a ganhar para ajudar a família, como organista da Igreja da Madeleine
Saint-Saëns conhecia música profundamente, familiarizado com as obras dos grandes compositores europeus antigos e modernos. Possuia uma vasta e sólida cultura em filosofia, ciência e literatura. Em astronomia chegou a alcançar verdadeira autoridade. Escreveu um livro de filosofia, Problèmes et Mystères, versos, uma comédia, e escreveu ele mesmo os libretos de várias de suas óperas.
Para a ópera escreveu aquela que muitos consideram a sua obra-prima: Sansão e Dalila.
Mas noutros estilos foi igualmente brilhante, produzindo de resto uma obra musical imensa: sinfonias, concertos para piano e violino, peças para órgão, música vocal e instrumental, sacra e profana.
Famoso como ilustre professor, célebre pelo seu “Carnaval dos Animais”, imortalizado pelo Concerto para violino no. 3 em si menor (op. 61), pela Danse Macabre, e por esta brilhante peça para violino.

* Introdução e Rondo Capriccioso
..Violinista Jascha Heifetz
..Orquestra Sinfónica da RCA / Maestro William Steinberg

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