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12 - Frederico de Freitas

Janeiro/12
aniversário da morte de
Frederico de Freitas

(1902-1980)
Cantar de Amigo, da Suite Medieval
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Frederico de Freitas , compositor, chefe de orquestra, musicólogo e pedagogo, nasceu em Lisboa em 15 de Novembro de 1902, tendo concluído com distinção no Conservatório Nacional os cursos superiores de composição, piano, violino e ciências musicais.
Ainda aluno do Conservatório apresentou o notável Poema sobre écloga de Virgílio (a VIII), para orquestra de arcos e, em 1926, ganhou o Prémio Nacional de Composição.
De 1923 é a sua Sonata para violino e violoncelo em que explora com êxito os recursos da bitonalidade. Da mesma data, o seu Nocturno (sobre um soneto de Antero de Quental) continua explorando a bitonalidade de que foi considerado o introdutor na moderna música da península Ibérica.
Sempre muito interessado pelos tesouros da música portuguesa, quer popular, quer erudita, harmonizou inúmeras melodias populares e estudou com o balilarino Francisco Graça (Francis) as danças do povo português, contribuindo para o bailado com algumas das suas mais notáveis partituras onde, aliás, os temas não são folclóricos mas resultantes da inspiração na linguagem musical do povo português.
Na sua vastíssima obra, Frederico de Freitas abordou praticamente todos os géneros musicais desde a música religiosa e de ópera, ao teatro ligeiro e música de filmes (exemplo : a partitura para o filme A Severa, de Leitão de Barros), da música de câmara concertante (exemplo : o magistral Quarteto Concertante) à canção para canto e piano.
O Livro de Maria Frederica (1955), 6 Peças (1950), Bagatelas, Ciranda (1946), Temas e Variações, para piano, Missa "Regina Mundi", para coro a capella, 10 Canções Galegas (1968).
para canto e piano. Além de muitas obras para piano, piano e canto e vários instrumentos, é indispensável registar-se a notável orquestração da grande Chaconne, de J.S.Bach(da partita em ré menor), a cena lírica D. João e as Sombras (texto de António Patrício) escrita especialmente para a radiodifusão, e a Sonata de Igreja (Para Festejar a Noite de Natal) para orgão, de que existe uma gravação americana.
A linguagem musical de Frederico de Freitas é de um eclectismo aberto a tudo o que qaudre à expressão emotiva servida por uma instrumentação excelente em clareza e firmeza de escrita.
Como chefe de orquestra, além das funções que exerceu à frente das orquestras da Rádio Nacional, dirigiu em França, Holanda, Espanha, Itália, Bélgica, Suiça e Brasil.
Fundou a Sociedade Coral de Lisboa (1940) que dirigiu até à sua extinção, associação que estreou a sua grandiosa Missa Solene (1940) e apresentou obras de Haendel, Bach, Beethoven, Mendelssohn, Saint-Säens e Viana da Mota.
Como pedagogo foi notável a sua acção no ensino liceal, tendo sido professor do Centro de Estudos Gregorianos de Lisboa. Durante algum tempo também exerceu a crítica musical no jornal "Novidades".
Como musicólogo os seus trabalhos encontram-se dispersos por várias publicações periódicas, entre as quais as revistas Panorama, tendo colaborado activamente na Verbo - Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura.
Foi distinguido com os prémios Domingos Bomtempo (Emissora Nacional, 1935), Carlos Seixas (1926), além do já citado (1926).
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(texto: citação integral de Henrique da Luz Fernandes)

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