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- - - - - - -- - - - - EXEMPLAR..- -- - - -- -..B & B - -- - - - - - UM OUTRO BACH? - -- - TRUTAS

30 - Francis Poulenc

Janeiro/30

aniversário da morte de
Francis Poulenc
(1899-1963)


Concerto para dois Pianos - 1º and. (Allegro ma non troppo)
Orquestra Filarmónica de Berlim, maestro Simon Rattle
Pianistas Katia & Marielle Labèque

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Francis Jean Marcel Poulenc, que nasceu em Paris a 7.Jan.1899 e viria a falecer em 1963, começou a compor aos 7 anos, quando o único professor de piano era a mãe. Aos 15 anos teve o seu primeiro professor de piano, que o encorajou a compor e o apresentou a Satie e Cocteau. Dois anos depois apresentou a sua Rapsodie Nègre tornou-se a divisa de uma corrente de compositores que alcançou a maior notoriedade em Paris: “Os Novos Jovens”.
Dos “Nouveaux Jeunes”, o crítico Henri Collete escolheu seis compositores, que ficaram a ser conhecidos por “Les Six”. Um deles era Poulenc. Os Seis deram concertos juntos, baseando-se num manifesto de inspiração no chamado “folclore parisiense”, isto é, nos músicos de rua, nos teatros musicais, nas bandas de circo.
A obra de Poulenc, no estilo dos Seis, chamou a atenção de Stravinsky e Diaguilev e veio a dar origem às suas obras mais conhecidas, as canções para voz e piano, sobre poemas de Apollinaire e de Paul Elouard, que de resto foi amigo pessoal de Poulenc. É uma obra eclética e ao mesmo tempo pessoal.
O Dicionário Oxford de Música classifica a música de Francis Poulenc como “essencialmente diatónica e melodiosa, embelezada com dissonâncias do século XX” e diz que tem talento, elegância, profundidade de sentimento e doce-amargo que são derivados da sua personalidade alegre e melancólica.

As Manas Maravilha
33.000 espectadores -----------------.................------com John McLaughlin (guitarra)
Orq. Filarmónica de Berlim / Simon Rattle --..........-..------- e Trilok Gurtu (percussão)
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29 - Daniel Auber

Janeiro/29
aniversário do nascimento de
Daniel Auber
(1782-1871)

Gustave III - "Vieille sibylle, qu'on dit habile"
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Chamaram-lhe o “Rossini francês”.
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Daniel François Esprit Auber nasceu em Caen, na Normandia, França, no dia 29 de Janeiro de 1782. Quando ainda era muito jovem, a sua família enviou-o para Londres, para estudar e seguir a carreira comercial. Não só fez isso, como também se ligou aos círculos musicais londrinos, compondo as suas primeiras canções.
O rompimento das relações comerciais entre França e Inglaterra, durante as guerras napoleónicas, fez com que Auber voltasse para França em 1803, onde renunciou à carreira dos negócios, para se dedicar inteiramente à música. Na época estava muito na moda a "opéra-comique", mas as suas primeiras tentativas nesse género não lograram muito êxito, mas os seus amigos aconselharam-no a não desistir. Entre eles estava Cherubini, que atingira o auge do seu prestígio e tinha o compositor como aluno.
Daniel Auber foi, principalmente, compositor de óperas. Entre elas, “La Muette de Portici”, escrita em 1828, é uma daquelas peças que acabaram por ter repercussões políticas. Por ser uma ópera cuja acção trata de uma revolta contra a dominação espanhola, em Nápoles, no século XVII, acabou por influenciar a revolução de 1830, na França, e a revolta contra a dominação holandesa, na Bélgica. Em 1842, Auber foi nomeado director do Conservatório de Paris. Embora hoje seja um compositor quase relegado ao esquecimento, foi muito admirado e estimado na sua época. Rossini e Wagner apreciavam muito a sua música.
Daniel Auber morreu no dia 13 de Maio de 1871.
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29 - Fritz Kreisler

Janeiro/29
aniversário da morte de
Fritz Kreisler
(1875 - 1962)

MÚSICA (3min40)
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Tambourin Chinois, Op.3
violinista Henryk Szeryng
pianista pianista Charles Reiner
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Fritz Kreisler nasceu em Viena em 1875 e morreu no dia 29 de Janeiro de 1962. Entrou no Conservatório aos 7 anos e mais tarde estudou também em Paris. Depois de uma breve interrupção para estudar medicina e prestar serviço no exército, desenvolveu uma brilhante carreira internacional como virtuoso violinista. Como compositor, fez arranjos e transcrições – e apresentou uma controversa série de peças que foram atribuídas a compositores anteriores, mas que de facto eram de sua autoria. A verdade é que ele acrescentou preciosa mais-valia ao repertório de violino, para além de ter sido um dos mais célebres e virtuosos violinistas do séc. XX.
Dele se conta que, procurado como era para actuar nas melhores salas de concerto, terá sido um dia abordado por um magnata austríaco, que lhe perguntou quanto ele cobraria para tocar numa festa privada em sua casa. Respondeu que o seu cachet seria de 1.000 dólares, mas que se o dispensassem de ser exibido em conversas com os convidados reduziria para 500.
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Tambourin Chinois Op.3 ------------------------------------
Kreisler toca Kreisler ("Caprice Viennois" op. 2) --------------------- Jovan Kolundzija (violin) Minas Galeos (piano)
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28 - Arthur Rubinstein

Janeiro/28

aniversário do nascimento de
Arthur Rubinstein
(1887-1982)

Grieg-Concerto em lá menor, op. 16, para piano e orquestra
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Um dos pianistas mais virtuosos do século XX.
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Arthur Rubinstein nasceu em Łódź, na Polónia, a 28 de Janeiro de 1887. Começou a tocar piano muito cedo, com apenas três anos. Aos 6, tocou em público pela primeira vez. Entrou para o Conservatório de Varsóvia aos oito anos, onde foi aluno de Paderewski. Prosseguiu os seus estudos em Berlim, onde se apresentou, em recital, em 1900. Em 1906 estreou-se em Nova Iorque, como solista da Orquestra de Filadélfia. Regressou, depois, à Europa, onde, em Paris, trabalhou como professor de piano.
Em 1916 Rubinstein visita a Espanha, onde interpreta composições de Granados e Manuel de Falla, que lhe dedica a “A Fantasia Bética”.
Em 1919 foi ao Brasil e conheceu Villa-Lobos. É o responsável pela divulgação das suas mais famosas composições. Em sua homenagem, Villa-Lobos escreveu o seu Rudepoema, em 1926. Stravinsky também lhe dedicou os 3 Movimentos de Petruschka - considerada a sua mais difícil obra para piano.
Depois de algum tempo dedicado a intensivos estudos, Rubinstein viaja até aos Estados Unidos, em 1937. A partir daí, tem a sua reputação de grande intérprete assegurada. Em 1946 obtém a cidadania americana. Rubinstein revelava extrema modéstia quando falava de si próprio. Mostrava interesse não apenas pela música, mas também pelos pequenos e refinados momentos de prazer que a vida oferece. A sua última actuação em público deu-se em 1976, quando já estava com 89 anos.
Arthur Rubinstein morreu em Genebra, no dia 20 de Dezembro de 1982.

28 - Ferdinand Herold

Janeiro/28
aniversário do nascimento de
Ferdinand Hérold
(1791-1833)
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MÚSICA (5min49)
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Zampa – excerto (final) da Abertura
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Louis Joseph Ferdinand Hérold nasceu em Paris e viveu entre 1791 e 1833.
Filho de um professor de piano e compositor, entrou no Conservatório de Paris aos 15 anos. Apenas 6 anos depois, em 1812, a técnica e o virtuosismo de pianista valeram-lhe ganhar o Prémio de Roma, o mais importante galardão que na época era conferido à execução do instrumento. Depois passou ano e meio em Nápoles, a convalescer de uma doença – e enquanto lá esteve foi professor das filhas do rei e começou a compor ópera.
Ao regressar a Paris, Herold dedicou-se mais intensamente a compor. Tendo sido assistente no Teatro Italiano de Paris e director de canto na Opera, escreveu obras de diversos géneros, incluindo ópera cómica e lírica, peças vocais e canções, música orquestral, música de câmara e concertos para piano. Teve no início dificuldade em conseguir libretos adequados, mas a ópera acabaria por ser o seu género forte como compositor. Tendo grande sucesso com os bailados “A Sonâmbula” e “La Fille mal Gardée”, ficou lembrado, sobretudo, pela sua música de ópera.
Das diversas óperas que escreveu, a mais conhecida – e talvez a mais bem conseguida – é “Zampa, ou a Noiva de Mármore”, que originalmente foi denominada “O Corsário”.

27 - Mozart

Janeiro/27

aniversário do nascimento de
Wolfgang Amadeus Mozart
(1756-1791)

Abertura da Ópera "Don Giovanni"
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Wolfgang Amadeus Mozart nasceu em Salzburgo, no dia 27 de Janeiro de 1756.
Filho de uma família musical burguesa, começou a compor minuetos para cravo com a idade de cinco anos. Em 1763, com 12 anos, o seu pai levou-o numa viagem pela França e Inglaterra. Em Londres, Mozart conheceu Johann Christian Bach, o último filho de Johann Sebastian Bach, que exerceria grande influência nas suas primeiras obras.
O período entre 1781 e 1786 é um dos mais prolíficos da carreira de Mozart, com óperas, sonatas para piano, música de câmara e, principalmente, os concertos para piano.
Em 1786, compõe a primeira ópera: “As bodas de Fígaro”. A ópera fracassa em Viena, mas faz um sucesso tão grande em Praga que Mozart recebe a encomenda de uma nova ópera. Esta seria “Don Giovanni”, considerada, por muitos, a sua obra-prima. Mais uma vez, a obra não foi bem recebida em Viena.
Na primavera de 1791, Mozart recebe a encomenda de um Requiem. Contudo, com a saúde cada vez mais enfraquecida, morreu antes de completar a obra. Há quem diga que o Requiem estaria a ser composto para ser tocado na sua própria missa de sétimo dia. A obra foi acabada por Franz Süssmayr, discípulo de Mozart. No dia 6 de Dezembro, às 15 horas, o seu corpo é levado para a Igreja de Santo Estevão para uma cerimónia sem pompa, nem música. Süssmayr, Salieri e mais três pessoas acompanham o cortejo até às portas de Viena, porém o mau tempo fá-los voltar atrás. Mozart foi enterrado numa vala comum, no cemitério de São Marx, em Viena. Até hoje não se sabe ao certo o local exacto de seu túmulo.

27 - Giuseppe Verdi

Janeiro/27

aniversário da morte de
Giuseppe Verdi
(1813-1901)

.Va Pensiero... (da ópera “Nabuco”)
Orquestra e Coro do Teatro Nacional da Ópera de Paris
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Lembramos hoje Verdi, a propósito do aniversário da morte do grande compositor, ocorrida no primeiro mês do século XX.
Nascido em 1813, Giuseppe Verdi morreu a 27.Jan.1901.
Foi muito sentida, na Itália e no mundo, a morte do compositor e patriota muito querido dos italianos, que teve uma vida cheia de sucessos, mas também recheada de dissabores.
Logo aos 18 anos, foi impedido de ingressar no Conservatório de Milão – não por falta de talento, mas por excesso de idade. Teve de regressar à sua pequena cidade e trabalhar como mestre de capela e maestro de banda – mas receberam-no com inveja e hostilidade… e voltou para Milão.
Em 1840, quando tinha 27 anos, perdeu de seguida os dois filhos e a jovem esposa, ao mesmo tempo que a sua segunda ópera era um fracasso. Prometeu que nunca mais comporia – e só o Director do Teatro La Scala o conseguiu demover. compôs então a ópera Nabuco. A ária Va pensiero su ali dorate foi considerada um símbolo nacional pelos italianos, que estavam sob repressão de austríacos e franceses e, por isso, se reviam no famoso Coro dos Escravos
Depois disso, Verdi construíu um fabuloso património musical, sobretudo no domínio da ópera.
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Coro e Ballet – Marcha Triunfal (Aida) Giuseppe Sinopoli, Dresden, 2001
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24 - Otto Klemperer

Janeiro/24
aniversário do “debut” do maestro
Otto Klemperer
(1885-1973)
Beethoven - Sinfonia #3, "Eroica" (1º and.)
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A 24 de Janeiro de 1926, fez o seu “debut” nos Estados Unidos, dirigindo a New York Symphonic Society Orchestra, um dos maiores maestros do séc.XX: Otto Klemperer.
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Otto Klemperer nasceu a 14.Mai.1885 em Breslau (hoje Wroclaw – Polónia). É unanimemente considerado um dos maiores maestros de sempre.
Antes de o Partido Nazi chegar ao poder na Alemanha, Klemperer dirigiu, em Berlim, obras de teatro lírico contemporâneo (de Igor Stravinsky, Arnold Schönberg e Paul Hindemith) com as quais alcançou grande prestígio.
Por força da perseguição nazi aos judeus, Klemperer (que era judeu) emigrou para os Estados Unidos, onde recebeu ofertas para dirigir grandes orquestras, como a Filarmónica de Los Angeles (1933-1939). Quando a guerra terminou, regressou à Europa e, no período 1947-1950, dirigiu a Ópera de Budapeste. Em 1959, assumiu a direção da Orquestra Filarmónica de Londres.
Considerado um genial intérprete das com tempos lentos, Klemperer fez notáveis gravações com a Concertgebouw e com a Orquestra Nova Filarmonia. Com esta orquestra, ficou célebre a sua interpretação da “Heróica” (Sinfonia nº 3) de Beethoven, em Londres (1970), que levou Herbert von Karajan a viajar expressamente para assistir.
Em 1970, naturalizou-se israelita, nacionalidade que conservou até que morreu, em Zurique, a 6.Jul.1973.

23 - Samuel Barber

Janeiro/23
aniversário da morte de
Samuel Barber
(1910-1981)
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Lembramos hoje o compositor norte-americano Samuel Barber, que morreu faz hoje 17 anos.

Samuel Osborne Barber nasceu em Westchester, em 1910 e morreu em Nova Iorque no dia 23.Jan.1981.
Notabilizou-se como compositor – e começou cedo: assinou a sua primeira composição quando tinha sete anos. Celebrizaram-no o seu Concerto para Violino, a ópera Vanessa (graças à qual ganhou o Prémio Pulitzer em 1957) e, acima de tudo, o Adágio para Cordas, que é uma das obras clássicas mais utilizadas no cinema, nos mais diversos tipos de filmes. Platoon, Elephant Man, Amélie e Lorenzo’s Oil são apenas alguns dos filmes em que o Adagio de Barber enriquece as cenas de enorme dramatismo – para já não falarmos da repetida utilização da obra em episódios dos populares Simpsons.

Em Janeiro de 1938, ainda Barber enviou o Adagio a Arturo Toscanini. O maestro devolveu-lhe a partitura sem qualquer comentário, o que desgostou severamente o jovem compositor. Passado pouco tempo, Toscanini escreveu a um amigo, dando notícia de que estava a preparar a apresentação da peça – e acrescentou que devolvera sem comentários porque, simplesmente… a tinha memorizado integralmente. No dia 5 de Novembro desse ano de 1938 o Adagio para Cordas teve a sua estreia com a Orquestra Sinfónica da NBC. Foi interpretada a versão original do arranjo do próprio Barber e a dirigir a orquestra estava Toscanini.

23 - Muzio Clementi

Janeiro/23
aniversário da morte de
Muzio Clementi
(1752-1832)

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Lembramos Clementi, a propósito do aniversário da sua morte, que ocorreu a 23.Jan.1832.

Muzio Clementi nasceu em Roma e viveu entre 1752 e 1832.
Menino prodígio, aos nove anos era organista e, aos doze, compositor. Quando tinha 14 anos, um abastado nobre inglês convidou-o a aperfeiçoar a sua cultura musical na Inglaterra. Obteve um êxito enorme como virtuoso, fixou-se em Londres, deu recitais e dirigiu, durante 3 anos, a Ópera Italiana.

Em 1781, realizou uma longa digressão de concertos, que o levou a Paris, Munique e Viena. Na capital austríaca participou numa competição musical com Mozart, organizada pelo imperador e que terá terminado sem declaração de um vencedor. De regresso a Londres, entrou para uma sociedade de editores e fabrico de pianos e, depois, estabeleceu-se por conta própria, criando a Casa Clementi and Co.

Quando morreu em Inglaterra, aos 80 anos, tinha escrito mais de 100 sonatas (64 para piano a solo e as restantes para piano e diversos instrumentos) 100 estudos para piano, numerosas peças isoladas para piano, algumas sinfonias e aberturas.

22 - Rosa Ponselle

Janeiro/22
aniversário do nascimento de
Rosa Ponselle
(1897-1981)
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Rosa Ponselle, nascida em Connecticut, no dia 22 de Janeiro de 1897, foi uma soprano norte-americana, que reinou no repertório dramático e lírico nas décadas de 20 e 30, do séc. XX. Nascida Rosa Ponzillo, era filha de imigrantes italianos vindos dos arredores de Nápoles. Começou a cantar em vaudevilles em 1915 e, em 1918, foi descoberta pelo célebre tenor Enrico Caruso, o qual se impressionou com sua qualidade vocal e a levou imediatamente para os palcos do Metropolitan Opera, em Nova Iorque, que necessitava de uma intérprete para o papel de Leonora, de “A força do destino”, de Verdi.
Ponselle iniciou a sua grande carreira no Metropolitan, a 15 de Novembro de 1918. As críticas foram bastante favoráveis, e obteve sucesso junto da plateia. Mas, ao contrário do que diz a lenda, houve também menções negativas à sua interpretação, embora fosse reconhecido o imenso potencial da jovem soprano.
Em 1927, canta a sua primeira Norma, um dos maiores êxitos de sua carreira, tendo sido considerada a maior intérprete desse papel até ao advento de Maria Callas, nos anos 50.
Em 1937, abandonou os palcos repentinamente, com apenas 40 anos. A sua última actuação ocorreu em Cleveland, a 17 de Abril de 1937. Continuou com a sua carreira de concerto até 1939, quando então deixou os palcos definitivamente.
Rosa Ponselle morreu no dia 25 de Maio de 1981.

22 - Michel Corrette

Janeiro/22

aniversário da morte de
Michel Corrette
(1707-1795)


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Nascido em Rouen em 1707, Michel Corrette fez vida e carreira em Paris. Apesar de injustamente pouco conhecido, tem um papel único na música do século XVIII francês. Ele foi ao mesmo tempo um músico ao serviço das mais altas personalidades do Estado e um cultor das canções populares francesas. Com um humor cheio de espírito, soube “ler” a alegria parisiense e transportá-la para uma música despretensiosa e acessível a todos, numa época em que a música era privilégio dos mais eruditos.

Criador de música religiosa que veio a desaparecer quase por completo, Corrette foi um notável pedagogo, tendo deixado diversos métodos para o estudo de instrumentos. A partir de 1748, organizava semanalmente concertos em que se apresentava com os seus alunos mais dotados. Isso permitiu-lhe também produzir e vender numerosas partituras e divulgar a música italiana, de que era fervoroso defensor.

21 - Plácido Domingo

Janeiro/21
aniversário de nascimento de
Placido Domingo

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Um grande homem, um enorme tenor, que por 21 vezes abriu a temporada da grande "catedral" americana da ópera, o Metropolitan de Nova Iorque, superando o record de Enrico Caruso.

José Plácido Domingo Embil nasceu a 21.Jan.1941, em Madrid. A partir dos 8 anos passou a residir e estudar na cidade do México, para onde se mudou a família. Uma família, diga-se, de gente ligada à música e em particular ao canto. Os pais eram ambos cantores de Zarzuelas e ele próprio viria a casar com a soprano Marta Ornelas, que conheceu no Conservatório.
Placido, a quem desde criança a família chamava "El Granado", por cantar desde muito pequeno a famosa canção "Granada", começou a sua carreira como barítono e mesmo depois de se revelar um grande tenor fez também coros e gravações com cantores rock. Curiosa, para quem é um dos maiores nomes da ópera do séc. XX, esta versatilidade de um homem que, tendo também participado em filmes e festivais, foi ainda, imagine-se... jogador de futebol (tal como o seu colega e amigo Luciano Pavarotti, falecido recentemente.
Isto, para não falarmos do importante trabalho que fez como director de orquestra, em que trabalhou, por exemplo, com Herbert von Karajan, Zubin Mehta e James Levine...
Mas o nome de Placido Domingo é sobretudo (e será para sempre) o de um dos mais extraordinários cantores de ópera. Muito popular desde o grupo dos "3 tenores" que formou com Pavarotti e José Carreras, Placido vale por si mesmo, pelos mais de 90 personagens que interpretou em todas as maiores casas de ópera do mundo.
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21 - Wolf-Ferrari

Janeiro/21

aniversário da morte de
Ermanno Wolf-Ferrari
(1876-1948)
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Ermanno Wolf-Ferrari nasceu em Veneza, no dia 12 de Janeiro de 1876, filho de mãe italiana e pai alemão.
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Ainda que tenha estudado piano desde a mais tenra idade, a música não foi a principal paixão da sua juventude. O que ele mesmo queria era ser pintor como o seu pai. Estudou intensamente em Veneza e até viajou para o exterior, para estudar em Munique. Foi aí que Wolf-Ferrari começou a considerar a música seriamente.
Matriculou-se no conservatório e estudou contraponto e composição. As fortuitas classes de música do início, com o tempo, eclipsaram completamente os estudos de arte e a música tomou conta da vida de Wolf-Ferrari.
Com 19 anos de idade deixou o conservatório e voltou para a casa da família em Veneza. Ali, trabalhou como maestro de coro, casou-se, teve um filho e conheceu Boito e o grande Verdi.
Alguns anos mais tarde, Wolf-Ferrari estreou a sua primeira ópera, La Cenerentola, com base na história da Cinderela.
Na Itália, a ópera foi um fracasso e compositor, humilhado, voltou para Munique. A audiência alemã provaria ser mais receptiva ao seu trabalho. Uma versão revista de La Cenerantola foi um sucesso em Brennan e ao mesmo tempo, o jovem compositor tornava-se internacionalmente famoso com a maravilhosa cantata La Vita Nuova.
Até ao início da Primeira Guerra Mundial, as óperas de Wolf-Ferrari eram as mais executadas no mundo. Entre elas encontra-se Sly, uma ópera sobre um bobo, que se transforma num conto de tortura emocional e suicídio.
Wolf-Ferrari morreu em Veneza, em 1948, alguns dias depois de seu septuagésimo segundo aniversário.
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Wolf-Ferrari, ópera “Sly” - 2º acto – Tenor: Placido Domingo
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20 - Walter Piston

Janeiro/20

aniversário do nascimento de
Walter Piston
(1894-1976)
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Walter Hamor Piston, Jr nasceu em Rockland, Maine, no dia 20 de Janeiro de 1894.
Depois de ter estudado engenharia, no liceu e de se ter licenciado em pintura, foi admitido na Universidade de Harvard, em 1920, onde estudou contraponto, harmonia, composição e história da música. Trabalhou como assistente de vários professores de música e foi maestro da orquestra dos estudantes. Mais tarde, foi professor na Universidade de Harvard, cargo que exerceu até 1959.
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Virtuosista neoclássico no seu estilo, recebeu influências do jazz. É autor da suite de bailado “The Incredible Flutist” e de seis sinfonias, concertos, cinco quartetos de cordas, bem como de tratados de orquestração, contraponto e harmonia.
Nos últimos anos de vida, Piston ficou debilitado com diabetes, que afectaram a sua visão e audição. Morreu, de ataque cardíaco, no dia 12 de Novembro de 1976, em Belmont, Massachusetts.

19 - Ferdinand Herold

Janeiro/19
aniversário da morte de
Ferdinand Hérold
(1791-1833)
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Louis Joseph Ferdinand Hérold nasceu em Paris e viveu entre 1791 e 1833.
Filho de um professor de piano e compositor, entrou no Conservatório de Paris aos 15 anos. Apenas 6 anos depois, em 1812, a técnica e o virtuosismo de pianista valeram-lhe ganhar o Prémio de Roma, o mais importante galardão que na época era conferido à execução do instrumento. Depois passou ano e meio em Nápoles, a convalescer de uma doença – e enquanto lá esteve foi professor das filhas do rei e começou a compor ópera.
Ao regressar a Paris, Herold dedicou-se mais intensamente a compor. Tendo sido assistente no Teatro Italiano de Paris e director de canto na Opera, escreveu obras de diversos géneros, incluindo ópera cómica e lírica, peças vocais e canções, música orquestral, música de câmara e concertos para piano. Teve no início dificuldade em conseguir libretos adequados, mas a ópera acabaria por ser o seu género forte como compositor. Das diversas óperas que escreveu, a mais conhecida – e talvez a mais bem conseguida – é “Zampa, ou a Noiva de Mármore”, que originalmente foi denominada “O Corsário” [vd. O post de Janeiro/28]
Teve grande sucesso com os bailados “A Sonâmbula” e “La Fille mal Gardée”.

18 - Emmanuel Chabrier

Janeiro/18
aniversário do nascimento de
Emmanuel Alexis Chabrier
(1841-1894)

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Chabrier, que viveu entre 1841 e 1894, estudou piano desde os 6 anos de idade e ainda jovem revelou-se talentoso a compor – mas o pai fê-lo estudar Direito e a sua vida profissional começou com um cargo no Ministério do Interior.
Mas em 1879 visitou a Alemanha e ao assistir à ópera Tristão e Isolda, de Richard Wagner, em Munique, decidiu pedir a demissão do ministério em que trabalhava e dedicar-se inteiramente à música.
Era um típico homem de cultura do romantismo. Partilhava com os parnasianos um espírito de humor na sua visão crítica da sociedade; privou com os grandes mestres da pintura impressionista Renoir, Monet e Manet; e na música recebeu a influência de diversos compositores franceses, principalmente de Claude Debussy, Maurice Ravel e Francis Poulenc.
O estilo de Chabrier é muito variado: harmonias de ópera wagneriana, espírito melódico de opereta, melodias tradicionais, criações divertidas – há de tudo um pouco nas suas óperas, peças orquestrais, obras para piano, canções e outras obras vocais.

17 - Tomaso Albinoni

Janeiro/17

aniversário da morte de
Tomaso Albinoni
(1671-1751)

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Tomaso Giovanni Albinoni, que nasceu em Veneza em, viveu entre 1671 e 1751 – portanto em plena vigência do Barroco. O mais ilustre dos seus contemporâneos, J. S. Bach, deu conta da riqueza das suas composições e adoptou muitas como exemplo para o ensino dos seus pupilos. Escreveu cerca de cinquenta óperas, das quais 28 foram produzidas em Veneza entre 1723 e 1740.
A sua obra mais famosa, o Adagio em Sol Menor para Órgão e Cordas, é na verdade uma reconstrução conseguida em 1945, a partir de um fragmento de sonata que Remo Giazotto descobriu entre as ruínas da Biblioteca de Dresden, após a II Guerra Mundial.


University of Adelaide Cello Ensemble

16 - Amilcare Ponchielli

Janeiro/16
aniversário da morte de
Amilcare Ponchielli
(1834-1886)
.Dança das Horas, da ópera “La Gioconda”
Orquestra Músicos do Mundo / maestro Joseph Milo
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Lembramos hoje um compositor que, tendo vivido numa época em que o furor do romantismo não conferia a alguns artistas o mérito que lhes era devido, não teve em vida o reconhecimento que a História veio a dar-lhe. Morreu faz hoje 122 anos.

Amilcare Ponchielli nasceu em 1834 e morreu a 16.Jan.1886.
Revelando dotes musicais extraordinários, Ponchielli era apenas um criança de dez anos quando compôs a sua primeira sinfonia. Já então era estudante do Conservatório de Milão – e graças a uma bolsa de estudo que tinha ganho um ano antes, pelo seu invulgar talento.
Quando terminou o Conservatório dedicou-se ao género em que mais se notabilizou: a ópera.
A cidade em que nasceu, então denominada Paderno Fasolaro, veio a receber o nome de Paderno Ponchielli, em homenagem ao prestígio deste compositor de grande talento e extensa obra produzida.
Dez anos antes de morrer, em 1876, compôs aquela que é considerada a sua obra-prima: a ópera La Gioconda. Dela faz parte a célebre “Dança das Horas”.
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Pavarotti – “Cielo e Mar” (La Gioconda) ………….. Fantasia Disney – Final da “Dança das Horas
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16 - Delibes & Toscanini

Janeiro/16

aniversário da morte de
Léo Delibes
(1836-1891)
Dueto das Flores, da ópera "Lakhme"
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O dia 16 de Janeiro sugere a homenagem a dois grandes nomes da música que morreram nesta data. Falamos do compositor Léo Delibes e do maestro Arturo Toscanini.

Clément Philibert Delibes nasceu em 1836 e viveu até 1891, ano em que faleceu no dia 16 de Janeiro.
Nasceu em Saint-Germain-du-Val, na região francesa que actualmente é a Fleche e estudou música no Conservatório de Paris. Entre 1865 e 1869 compôs operetas e óperas cómicas destinadas ao teatro comercial francês. Em 1866, quando trabalhava como maestro substituto do coro da Ópera de Paris, grangeou fama como compositor de música para bailado, graças à suite “La Source”, em que colaborou com o maestro austro-russo Léon Minkus.
Em 1870 compôs a sua obra-prima: o bailado “Copelia” e nessa ocasião tinha já escrito óperas importantes, incluindo “Lakmé”, ainda hoje muito representada”. A sua produção musical inclui ainda um livro de canções e uma outra suite para ballet muito consagrada: o bailado mitológico “Silvia”.

aniversário da morte de
Arturo Toscanini
(1867-1957)
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Delibes ainda vivia quando nasceu Arturo Toscanini, que veio a morrer a 16.Jan.1957, quando tinha 90 anos e era por muitos críticos musicais considerado o maior regente de orquestra que o mundo conheceu.
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Toscanini estudou violoncelo no Conservatório de Parma e tornou-se violoncelista da orquestra do Teatro La Scala de Milão, onde tocou na estreia mundial da ópera “Otelo”, de Verdi. Quando tinha apenas 19 anos a orquestra do Scalla visitou o Brasil – e foi no Rio de Janeiro que a vida e a carreira do então violoncelista mudaram decisivamente.
Apresentava-se a “Aida”, de Verdi, no Teatro Lírico do Rio de Janeiro. No decorrer do 1º acto, o maestro foi vaiado. Convidado a assumir a posição de regente, Toscanini dirigiu a orquestra de tal modo que no final foi vibrantemente aplaudido. O Rio era um dos mais importantes centros mundiais da ópera – e os jornais de todo o mundo noticiaram o sucesso.
Numa carreira sem paralelo, Arturo Toscanini regeu a estreia mundial de várias óperas de Puccini estabeleceu-se em Nova Iorque, onde se tornou regente do Metropolitan Opera House e da Orquestra Sinfónica de Nova Iorque. Durante várias décadas, "reinou" na cidade norte-americana, que graças a ele ganhou destaque no mundo da música erudita. E estendeu o seu enorme êxito a todos os grandes palcos do mundo, como Viena, Paris, Londres, Berlim ou Milão.

Diversos músicos de renome mundial refugiaram-se nos Estados Unidos durante as duas guerras mundiais e o período que medeou entre elas. Casos de Arthur Rubinstein, Jascha Heifetz, Sergei Rachmaninov, Claudio Arrau ou Igor Stravinsky. Esse foi também o destino de Toscanini.
Desgostoso com um regime político a que era claramente adverso, Arturo Toscanini nunca aceitou que a Itália fosse dominada pelo fascismo. Do odioso regime e do “Duce” que o incarnava, disse uma vez: “Abram as portas das prisões, soltem todos os criminosos. Não encontrarão nenhum bandido pior que Mussolini”.
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Beethoven - Sinfonia nº 5 (1º and.) - A. Toscanini / NBC Simphony Orchestra

16 - Marilyn Horne

Janeiro/16
aniversário do nascimento de
Marilyn Horne


Rossini-Ária "Di tanti palpiti" da ópera "Tancredi"
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Uma cantora que ficará na história como uma das melhores mezzo-sopranos de sempre.
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Marilyn Horne nasceu nos Estados Unidos da América, em Bradford, Pennsylvania, no dia 16 de Janeiro de 1934. Desde muito cedo foi influenciada pelo pai a prosseguir o seu sonho de se tornar cantora de ópera. Aos treze anos, depois da família se ter mudado para Long Beach na Califónia, integra o Los Angeles Concert Youth Chorus, onde sempre teve um papel de destaque como soprano. Mais tarde, estuda canto na University of Southern California, em Los Angeles. Embora tenha iniciado os seus estudos como soprano, cedo os professores de Marilyn Horne compreenderam que as suas características vocais se adequavam mais a um registo de mezzo-soprano.
Depois da morte de seu pai, em 1957, Marilyn Horne parte para a Alemanha, onde assina contrato com a companhia de ópera de Gelsenkirchen e onde se mantém durante 3 anos, interpretando papéis de soprano. A cantora deixa a Alemanha em 1960 e regressa aos Estados Unidos, a convite da ópera de S. Francisco. A sua interpretação de Marie na ópera Wozzeck, de Alban Berg, é amplamente aclamada pelo público e pela crítica nos Estados Unidos e Marilyn Horne passa a ser conhecida internacionalmente. Retirou-se dos palcos em 1999 com um recital no Chicago Symphony Center.

15 - Victoria de los Angeles

Janeiro/15
aniversário da morte de
Victoria de los Angeles
(1923-2005)
MÚSICA (4min32)
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Porgi Amor, de 'As Bodas de Fígaro'
(W. A. Mozart)
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Victoria de los Angeles morreu a 15 de Janeiro de 2005.
Faleceu na sua Barcelona, esta mulher que foi um grande nome do canto lírico e da cultura espanhola do séc. XX.
Estreou-se em 1945, interpretando “As Bodas de Figaro” e brilhou em Salzburgo, em Covent Garden, no Metropolitan de Nova Iorque, em Bayreuth e principalmente no Teatro La Scalla, onde, desde 1950, fez seis temporadas.
Com um registo de voz que originalmente era de mezzo soprano, teve as suas principais interpretações como soprano. E destacou-se não só nos palcos da ópera.
Fez muito pela divulgação da cultura do seu país: foi talvez a mais consagrada intérprete do espírito espanhol da zarzuela e deu uma expressão única às 13 canções populares espanholas compostas pelo escritor Federico Garcia Lorca.
Na ópera, foi uma notável intérprete de Puccini, fez uma extraordinária “Cármen” da ópera de Bizet– mas cantou igualmente muito bem os outros grandes compositores do bel canto. Como o compositor que foi o seu “primeiro amor” profisional: Mozart.
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Plaisir d'Amour --------------------- O último registo - 1994, Barcelona. “Habanera”, da Carmen, de Bizet
(Jean-Paul Martini)
----------------- (Concerto gracioso, após o incêndio do Teatro de Ópera de Barcelona)
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14 - Alexander Gibson

Janeiro/14
aniversário da morte de
Sir Alexander Gibson
(1926-1995)
Mozart-Concertone em dó maior para 2 violinos e orquestra, KV 190
1º andamento
Orquestra Nova Filarmonia / Maestro Sir Alexander Gibson
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Importante maestro, director de ópera e cavaleiro de Sua Majestade: Sir Alexander Gibson.
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Nascido em 1926, em Motherwell, na província escocesa do North Lankarshire, Alexander Gibson estudou na Academia Real Escocesa de Música e Drama, em Glasgow, e depois em Londres, Salzburgo e Siena. Em 1957, quando foi nomeado director da Sadlers Wells English National Opera, era o mais jovem que alguma vez tinha ocupado essa posição. E quando voltou à Escócia, em 1959, assumiu a direcção da Real Orquestra Nacional Escocesa, que manteve durante 25 anos.
Fundou a òpera Escocesa em 1962 e foi seu director até 1986. Em 1987 foi nomeado director honorário e conservou esse lugar até que morreu.
Com particular afinidade com a música de compositores escandinavos – em especial Jean Sibelius e Carl Nielsen – Gibson fez um notável trabalho em prol da ópera no Reino Unido, o que lhe valeu, para além de ter recebido a Ordem do Império Britânico e recebido o título de Sir, ter sido dado o seu nome à primeira escola de ópera britânica e colocado o seu busto no Teatro Real de Glasgow.

14 - Joaquin Turina

Janeiro/14
aniversário da morte de
Joaquin Turina
(1882-1949)

Orgia de Danzas fantasticas, op. 22 (3° and.)
Orquestra Sinfónica da Rádio de Hamburgo/ Maestro Ferdinand Canonovich
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Dia para lembrarmos o compositor espanhol Joaquin Turina, que morreu nesta data. No ano de 1949.
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Joaquín Turina Pérez, que nasceu em Sevilha, viveu entre 1882 e 1949.
Foi compositor, pianista profissional professor de composição, crítico de música e escritor. Depois de ter sido pianista em Sevilha, estudou em Madrid e na Schola Cantorum de Paris. Voltou a Madrid quando em 1914 estalou a Grande Guerra e na capital espanhola fez quase toda a sua carreira.
Em Madrid, conheceu Manuel de Falla, de quem recebeu a primeira influência musical. Os dois seriam os primeiros compositores do sinfonismo espanhol contemporâneo, corrente de inspiração nacionalista que desenvolveu as bases que tinham sido assentes por Isaac Albéniz.

13 - Richard Addinsell

Janeiro/13
aniversário do nascimento de
Richard Addinsell

(1904-1977)
Excerto de Concerto de Varsóvia
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Compositor inglês, mais conhecido pela sua música para o cinema.
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Richard Stewart Addinsell nasceu em Londres, no dia 13 de Janeiro de 1904.
Nunca frequentou a escola, tendo sido ensinado, em casa, a ler e a escrever. Mais tarde, depois de estudar no Hertford College, em Oxford, tentou estudar direito e, depois, música. No entanto, acabou por abandonar os estudos, sem nunca ter obtido qualquer diploma.
Depois de trabalhar em Hollywood no início da década de 1930, voltou ao seu país de origem onde compôs a música de alguns filmes notáveis, como “À média luz”, de 1940 ou “O Príncipe e a Corista”, de 1957.
A sua obra mais conhecida é o “Concerto de Varsóvia”, escrito para o filme Suicide Squadron, de 1941. Os produtores do filme queriam algo no estilo de Rachmaninoff, mas não conseguiram convencer o próprio Rachamaninoff a escrever a música para o filme. Mas Addinsell aceitou o desafio e a sua obra já foi gravada mais de cem vezes e vendeu mais de três milhões de cópias.
Morreu em Londres no dia 15 de Novembro de 1977.

12 - Frederico de Freitas

Janeiro/12
aniversário da morte de
Frederico de Freitas

(1902-1980)
Cantar de Amigo, da Suite Medieval
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Frederico de Freitas , compositor, chefe de orquestra, musicólogo e pedagogo, nasceu em Lisboa em 15 de Novembro de 1902, tendo concluído com distinção no Conservatório Nacional os cursos superiores de composição, piano, violino e ciências musicais.
Ainda aluno do Conservatório apresentou o notável Poema sobre écloga de Virgílio (a VIII), para orquestra de arcos e, em 1926, ganhou o Prémio Nacional de Composição.
De 1923 é a sua Sonata para violino e violoncelo em que explora com êxito os recursos da bitonalidade. Da mesma data, o seu Nocturno (sobre um soneto de Antero de Quental) continua explorando a bitonalidade de que foi considerado o introdutor na moderna música da península Ibérica.
Sempre muito interessado pelos tesouros da música portuguesa, quer popular, quer erudita, harmonizou inúmeras melodias populares e estudou com o balilarino Francisco Graça (Francis) as danças do povo português, contribuindo para o bailado com algumas das suas mais notáveis partituras onde, aliás, os temas não são folclóricos mas resultantes da inspiração na linguagem musical do povo português.
Na sua vastíssima obra, Frederico de Freitas abordou praticamente todos os géneros musicais desde a música religiosa e de ópera, ao teatro ligeiro e música de filmes (exemplo : a partitura para o filme A Severa, de Leitão de Barros), da música de câmara concertante (exemplo : o magistral Quarteto Concertante) à canção para canto e piano.
O Livro de Maria Frederica (1955), 6 Peças (1950), Bagatelas, Ciranda (1946), Temas e Variações, para piano, Missa "Regina Mundi", para coro a capella, 10 Canções Galegas (1968).
para canto e piano. Além de muitas obras para piano, piano e canto e vários instrumentos, é indispensável registar-se a notável orquestração da grande Chaconne, de J.S.Bach(da partita em ré menor), a cena lírica D. João e as Sombras (texto de António Patrício) escrita especialmente para a radiodifusão, e a Sonata de Igreja (Para Festejar a Noite de Natal) para orgão, de que existe uma gravação americana.
A linguagem musical de Frederico de Freitas é de um eclectismo aberto a tudo o que qaudre à expressão emotiva servida por uma instrumentação excelente em clareza e firmeza de escrita.
Como chefe de orquestra, além das funções que exerceu à frente das orquestras da Rádio Nacional, dirigiu em França, Holanda, Espanha, Itália, Bélgica, Suiça e Brasil.
Fundou a Sociedade Coral de Lisboa (1940) que dirigiu até à sua extinção, associação que estreou a sua grandiosa Missa Solene (1940) e apresentou obras de Haendel, Bach, Beethoven, Mendelssohn, Saint-Säens e Viana da Mota.
Como pedagogo foi notável a sua acção no ensino liceal, tendo sido professor do Centro de Estudos Gregorianos de Lisboa. Durante algum tempo também exerceu a crítica musical no jornal "Novidades".
Como musicólogo os seus trabalhos encontram-se dispersos por várias publicações periódicas, entre as quais as revistas Panorama, tendo colaborado activamente na Verbo - Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura.
Foi distinguido com os prémios Domingos Bomtempo (Emissora Nacional, 1935), Carlos Seixas (1926), além do já citado (1926).
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(texto: citação integral de Henrique da Luz Fernandes)

11 - Domenico Cimarosa

Janeiro/11
aniversário da morte de
Domenico Cimarosa

(1749-1801)
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Gli Orazi e i Curiazi ------------------------------------- Abertura “Cleópatra”
(mezzo soprano Giulietta Simionato)
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Domenico Cimarosa nasceu em Aversa a 17.Dez.1749 e faleceu em Veneza a 11.Jan.1801.
Filho de família humilde, ficou órfão aos sete anos de idade. Foi educado numa escola para pobres mantida por frades franciscanos de Nápoles, onde um frade lhe deu as primeiras lições de música, até que o matriculou no conservatório de Santa Maria de Loreto em 1761. Adquiriu então mais desenvolvidos conhecimentos de canto, violino e composição. Um de seus professores no conservatório foi Nicola Piccini, um compositor famoso na época.
Em 1772 estreia com sucesso a sua primeira ópera. Embora tenha composto 65 óperas ao todo, que tiveram notável sucesso no seu tempo, tornando-o um compositor aclamado por toda a Europa, aquela que a posteridade mais consagrou é a opera buffa “Il Matrimonio Segreto”. Desta ópera, disse Verdi: ”Esta é a verdadeira comédia musical, ela tem tudo aquilo que uma ópera cómica deve ter”.
Em 1787, Cimarosa foi convidado pela imperatriz Catarina II da Rússia para ser compositor da corte em São Petersburgo. Permaneceu a serviço da czarina até 1791, ano em que voltou a Nápoles e participou de uma revolução contra os Bourbons que governavam a cidade. Preso e condenado à morte, obteve o perdão do rei Fernando IV, segundo alguns por pressão diplomática do embaixador da Rússia. Pouco após ser libertado, foi para Veneza, onde morreu pouco após completar 51 anos de idade.
Além de ópera, Cimarosa escreveu música de câmara, peças para piano, e música sacra, inclusive um Requiem.

10 - Jean Martinon

Janeiro/10
aniversário do nascimento de
Jean Martinon
(1910-1976)
MÚSICA (8min26)

Camille Saint-Saens - Sinfonia em Lá Maior
4º and. (Finale, Allegro Molto / Presto)
Orquestra Nacional da O.R.T.F.
maestro J. Martinon / violinista J. Heifetz
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Jean Martinon nasceu em Lyon a 10.Jan.1910 e viveu até 1976.
Em Lyon e em Paris estudou violino, composição e direcção de orquestra. Foi essencialmente violinista e director de orquestra até à II Guerra Mundial, mas durante a guerra, cativo num campo de concentração nazi, dedicou-se mais detalhadamente a compor. Escreveu um grande número de peças, incluindo concertos para violino e violoncelo. Depois da guerra, escreveria a sua 4ª Sinfonia, por encomenda para a comemoração dos 75 anos da Orquestra Sinfónica de Chicago, orquestra esta com que trabalhou entre 1963 e 1969.
No pós-guerra, Martinon foi uma figura chave na reconstrução da grande música francesa. A par de grandes trabalhos com orquestras como a Filarmónica de Londres ou a Sinfónica de Chicago, foi um estudioso incansável e recuperou e deu a conhecer importantes obras da música francesa até então ignoradas ou pouco divulgadas, entre as quais concertos de Saint-Saens e a Suite Sheherazade, de Ravel.
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Robert Schumann - Concerto Violoncelo e Orquestra Op. 129
violoncelista Pierre Fournier
Orquestra Nacional da ORTF / Jean Martinon

9 - Richard Strauss

Janeiro/9
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Excerto de 'Morte e Transfiguração', de Richard Strauss
Orquestra Filarmónica de Berlim / maestro Herbert von Karajan
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9 de Janeiro. Num dia como hoje, em 1892, a Orquestra Filarmónica de Nova Iorque, interpretou, pela primeira vez, o poema sinfónico “Morte e Transfiguração”, de Richard Strauss.
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O Poema Sinfónico “Morte e Transfiguração” foi composto entre 1888 e 1889 e a sua estreia absoluta foi no dia 21 de Junho de 1891, em Eisenach, tendo o próprio compositor, como maestro.
A música tenta “representar a morte de uma pessoa que tinha aspirado à mais alta e ideal das metas, possivelmente um artista”. O enredo trata, basicamente, de um homem que, na hora da morte, passa a vida em revista: a infância inocente, as lutas da idade adulta, a realização das suas aspirações, recebendo, por fim, a desejada transfiguração.
Este drama orquestral é reconhecido como o precursor do expressionismo na música. Richard Strauss, no leito da morte, teria dito ao seu filho: “Agora posso afirmar-te que tudo o que compus em Morte e Transfiguração estava absolutamente correcto: vivi exactamente tudo aquilo nestas últimas horas...”.
Em 1895 Strauss, ao explicar o programa desta obra, escreveu que o homem revê “o fruto da sua lida, a ideia, o Ideal que tentou concretizar e representar com a sua arte, sem conseguir, porque isso não é possível a nenhum ser humano. (...) A hora da morte aproxima-se, a alma deixa o corpo, para encontrar a perfeição na mais gloriosa forma no cosmo eterno, o que não poderia realizar-se na terra.”

9 - Francis Poulenc

JANEIRO/9
aniversário do nascimento de
Francis Poulenc
(1899-1963)
Poulenc toca Poulenc
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Concerto para 2 Pianos (2º and.) ---------------------- Sonata para Flauta (2º and.)
---------------------------------------------------------------- Flauta: Jean-Pierre Rampal
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Francis Jean Marcel Poulenc, que nasceu em Paris a 7.Jan.1899 e viria a falecer em 1963, começou a compor aos 7 anos, quando o único professor de piano era a mãe. Aos 15 anos teve o seu primeiro professor de piano, que o encorajou a compor e o apresentou a Satie e Cocteau. Dois anos depois apresentou a sua Rapsodie Nègre tornou-se a divisa de uma corrente de compositores que alcançou a maior notoriedade em Paris: “Os Novos Jovens”. Dos “Nouveaux Jeunes”, o crítico Henri Collete escolheu seis compositores, que ficaram a ser conhecidos por “Les Six” e em que se incluía Poulenc.
Os Seis deram concertos juntos, baseando-se num manifesto de inspiração no chamado “folclore parisiense”, isto é., nos músicos de rua, nos teatros musicais, nas bandas de circo. A obra de Poulenc, no estilo dos Seis, chamou a atenção de Stravinsky e Diaguilev e veio a dar origem às suas obras mais conhecidas, as canções para voz e piano, sobre poemas de Apollinaire e de Paul Elouard, que de resto foi amigo pessoal de Poulenc.
O Dicionário Oxford de Música classifica a música de Francis Poulenc., eclética e ao mesmo tempo pessoal, como “essencialmente diatónica e melodiosa, embelezada com dissonâncias do século XX” e diz que tem talento, elegância, profundidade de sentimento e doce-amargo que são derivados da sua personalidade alegre e melancólica.

8 - Richard Tucker

Janeiro/8
aniversário da morte de
Richard Tucker

(1913-1975)
2 arias da ópera I Pagliacci
(R. Leoncavallo)
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Um tenor sem rival, pelo menos no que diz respeito ao repertório italiano.
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Richard Tucker nasceu no dia 28 de Agosto de 1913, em Brooklyn, Nova Iorque. A sua aptidão para a música foi, muito cedo, descoberta e desenvolvida sob a tutela de Samuel Weisser, na Sinagoga Tifereth Israel, na baixa de Manhattan. Enquanto adolescente, os interesses de Tucker dividiam-se entre o atletismo, no qual se distinguiu durante o liceu, e cantar em casamentos e baptizados, como estudante de canto. A pouco e pouco foi progredindo, até que, em Junho de 1943, conseguiu emprego como cantor no grande e prestigiado Centro Judeu de Brooklyn.
No dia 15 de Dezembro de 1945, estreou-se no Metropolitan Opera de Nova Iorque, no papel de Enzo, da ópera La Gioconda, de Pochielli. Essa estreia, que foi uma das que obteve mais sucesso nos anais do Met, foi o início de uma carreira de 30 anos como o tenor mais importante da América, depois da 2ª guerra mundial.
No dia 8 de Janeiro de 1975, Richard Tucker morreu de ataque cardíaco, enquanto descansava, antes de uma actuação em Kalamazoo, no Michigan.
Foi a única pessoa cujo funeral se realizou no palco do Metropolitan Opera. Como tributo à sua obra no Met, a cidade de Nova Iorque atribuiu o nome de Praça Richard Tucker a um parque adjacente ao Lincoln Center.

7 - Jean-Pierre Rampal

Janeiro/7
aniversário do nascimento de
Jean Pierre Rampal
(1922-2000)

Sonata para Flauta e Cravo BWV 1020 (Bach).
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Jean-Pierre Rampal faria hoje 87 anos.

Rampal, que nasceu em Marselha a 7.Jan.1922 e viria a falecer no ano 2000, é unanimemente reconhecido como um dos melhores flautistas de sempre. É dele que se trata quando se fala do “homem da flauta de ouro” – e o epíteto não advém só do facto de ele ter mandado construir uma flauta em ouro ao famoso fabricante Louis Lot, por achar que a especial sonoridade da flauta só assim era conseguida ao máximo.
Cidadão de carácter generoso e solidário, Rampal ficou conhecido por ter participado numa emissão clandestina de rádio emitida em Paris nos inicios de 1944, em que interpretou obras proíbidas pelos nazis por serem de compositores judeus, designadamente Hindemith, Schoenberg e Milhaud.
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Concerto para Flauta e Orquestra nº2 de Mozart
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